Romeu Zema entrou para a galeria dos grandes políticos ignorantes da história. Ao fim de uma entrevista numa rádio, o apresentador deu a Zema um livro de Adélia Prado. Ao receber o livro o governador perguntou se a autora Adélia Prado era funcionária da rádio. O problema é que Adélia é uma das maiores, talvez a maior poetisa brasileira viva. Adélia tem para a literatura nacional a mesma importância de alguém como Carlos Drumond de Andrade. A poetisa mineira que vive em Divinópolis é completamente desconhecida para o governador. Ele perguntou se ela era funcionária da rádio! Eu vi e ouvi isso. Para Zema Sócrates foi apenas um jogador do Corinthians.

             A estupidez de Romeu Zema me fez lembrar uma entrevista de Sérgio Moro no programa de Pedro Bial. Em dado momento Bial perguntou a Moro o que ele gostava de de fazer pra relaxar, Moro disse que gostava muito de ler biografias, Bial perguntou qual foi a última que o ex juiz leu, Moro gaguejou  e não soube responder! 

“– Eu gosto muito de ler biografias
– Qual a última que o senhor leu?
– Ééééééééééééé…  puxa vida, sou ruim de memória...”

Ali ficava bastante claro que a última vez que o paladino da justiça teve contato com algum livro, foi no cursinho preparatório, daqueles com aula show e musiquinha pra melhorar o decoreba dos concurseiros. 

             Moro, Zema, integrantes do Partido Novo, MBL, e o restante da direita de sapatênis tem algo em comum com a direita farofeira bolsonarista: a ignorância! Além do verniz de civilidade a direita de sapatênis se diferencia por seu grau de periculosidade. Enquanto os bolsonaristas berram e ameaçam, a turma do sapatênis se reúne com os grandes especuladores do mercado de capitais. Essa direita consegue o apoio da grande imprensa, e aos poucos conseguem governar cidades, estados, e em breve todo o país, acabando com direitos trabalhistas, privatizando a educação, a saúde e destruindo a cultura que eles desconhecem. Ao ver as profundas manifestações de ignorância dessa direita, fica fácil entender o motivo de odiarem os professores.