A igreja protestante e a igreja evangélica não são a mesma coisa, mas o governo Bolsonaro veio para igualar as duas! Os protestantes vêm de uma tradição histórica oriunda da Reforma. As igrejas evangélicas pentecostais, e principalmente as “neopentecostais”, se originam em um período sócio-político e econômico do Brasil. As igrejas evangélicas são conhecidas por se envolverem em diversos escândalos, notadamente os financeiros, mas as igrejas históricas como a Presbiteriana, sempre foram conhecidas por sua idoneidade. Provavelmente você nunca leu alguma notícia de jornal envolvendo alguma igreja protestante histórica. Mas o atual governo tem trabalhado para mudar isso. 

              Sob a égide de um governo que usa o nome de Deus acima de todos, alguns líderes protestantes estão se nivelando por baixo, descendo ao mesmo patamar da piores igrejas neopentecostais. Ultimamente vimos gente que tem título de pastor pela Igreja Presbiteriana se metendo em escândalos deste governo pseudo-conservador. O caso em destaque na imprensa nacional trata do Reverendo Milton Ribeiro, um pastor presbiteriano nomeado como Ministro da Educação, que se envolveu em casos de tráfico de influência na destinação de verbas públicas. 

             O problema é que o grande público sempre relaciona pastores à corrupção, e acabam vinculando o nome da igreja com o indivíduo de caráter duvidoso. Eu tenho vários amigos presbiterianos, até mesmo parentes, e posso afirmar que a conduta do Ministro pastor nada tem a ver com os princípios da igreja de João Calvino. Milton Ribeiro não é um pastor, é um IMPOSTOR! O simples fato desse lobo em pele de cordeiro ter se aliado ao clã Bolsonaro, e ser amigo íntimo de seus filhos rachadores, já mostra que o tal não tem nenhuma intimidade com os princípios pregados por Cristo e pelas igrejas que prezam o evangelho. 

            Milton usou o bom nome dos protestantes brasileiros para avalizar um governo corrupto, negacionista, e que ajudou a matar mais de 600 mil brasileiros, isso por si só já seria um crime. Mas como se não fosse o bastante, o falso pastor faz com que a igreja, que de boa fé, lhe deu o título de pastor, seja também difamada entre aqueles que não sabem a diferença entre um político corrupto e um falso cristão. E quando digo corrupto não me refiro apenas à questão do simples roubo do dinheiro público, mas ao fato de ter abandonado os princípios da fé cristã, que prega o amor ao próximo, para apoiar um governo que tem como herói o torturador e assassino Carlos Alberto Brilhante Ustra. Sim, meus queridos leitores, a maior corrupção de Milton Ribeiro não está na destinação espúria das verbas do MEC, mas no uso (em vão) do nome do Senhor para endossar um governo que contraria tudo que Jesus pregou. No evangelho vimos Jesus perdoando e salvando um ladrão, mas não vimos à mesma misericórdia com um fariseu. Que Deus tenha misericórdia de sua alma, Milton Ribeiro!  “Por vossa causa, o nome de Deus é blasfemado entre todos os povos!” Romanos 2:24