O Tribunal do Júri se reuniu na tarde desta quinta-feira (25) para o julgamento de João Vitor Machado Dornelas, último acusado pelo homicídio de Júlio César de Oliveira, ocorrido no dia 29 de março de 2022. Outros sete acusados de participação no crime, foram julgados e condenados no dia 11/12/2023.

Leandro Silvano, conhecido por “Indinho”, Michel Wallisson Felizardo de Abreu, conhecido como “Glock”, Tainan Faria de Lima, conhecido como “Pura Calma”, Jeferson Souza Santos Nunes, o “Malbec ou Fiuca”, Jonathan de Souza Pereira, “De Menor”, David Correa Júnior, “Pezão” e Gabriel Silva dos Santos, o “Dentinho”, já haviam sido levados a julgamento. As penas somadas ultrapassam 144 anos de prisão.

No dia do crime, quando o corpo de Júlio César foi localizado no final da Avenida Angra dos Reis, Fazenda Próxima à Ponte do Bigode, os policiais haviam verificado que os acusados deixaram pá e picaretas onde foi feito o enterro de Júlio César. Também ficaram pelo local 4 capacetes e duas motocicletas. Júlio César estava enterrado em um buraco profundo. Os bombeiros tiveram dificuldade para retirar a quantidade de terra. Após ser desenterrado, foi verificado que as mãos dele estavam amarradas com os braços para trás, com um disparo na lateral da cabeça.

As investigações apontaram que o crime foi a mando de uma organização criminosa. Ele teria sido levado amarrado para o local, passou por um julgamento e foi condenado a morte pelos próprios criminosos. De acordo com a denúncia, cadernos, uma espécie de Código do PCC, foram localizados no Presídio de Patos de Minas, onde se mencionavam as ordens hierárquicas para que Júlio César fosse morto porque seria autor de crime sexual, o que não é admitido pela facção.

Jefferson, que seria o responsável pela execução dos condenados pelo Tribunal do Crime, foi um que fez o disparo contra Júlio César. Os outros integrantes, obedecendo a ordem superior da organização criminosa, dividiram as tarefas para auxiliar na morte e ocultação do corpo. Leandro e Douglas eram subalternos a David e teriam fornecido as motos. Jonathan e Gabriel foram os responsáveis pela abertura da cova.

Jefferson e Tainan foram os responsáveis por buscar Júlio César e levar até uma casa no Bairro Coração Eucarístico, sendo que algumas pessoas foram ordenadas a saírem, tendo ficado no imóvel Michel, Tainan, Jefferson, David, Jonathan, Gabriel, Douglas, João Victor, Dênis, Ítalo e duas mulheres. A vítima permaneceu por algumas horas. Assim, por videoconferência, o alto escalão da organização, chamada de Sintonia”, ordenou a morte de Júlio César, tendo ele até suplicado por uma nova oportunidade.

Com isso, Michel, Leandro, Tainan, Jefferson, David, Douglas, Jhonathan, João Victor e Gabriel saíram da casa apontada como cativeiro com a vítima amarrada com as mãos para trás e com a boca tampada com pano. Ele foi levado no porta-malas de um veículo. Sabendo que seria executado, Júlio César chegou a danificar o porta-malas com chutes, mas foi agredido com coronhadas na face para que ficasse quieto, o que causou intenso sofrimento. Jefferson efetuou um primeiro disparo quando passavam com ele por uma cerca e a vítima resistiu. Na sequência, João Victor efetuou outro disparo.

Leandro Silvano, conhecido por “Indinho”, Michel Wallisson Felizardo de Abreu, conhecido como “Glock”, Tainan Faria de Lima, conhecido como “Pura Calma”, Jeferson Souza Santos Nunes, o “Malbec ou Fiuca”, Jonathan de Souza Pereira, “De Menor”, David Correa Júnior, “Pezão” e Gabriel Silva dos Santos, o “Dentinho”, já haviam sido levados a julgamento. As penas somadas ultrapassam 144 anos de prisão.

João Vitor Machado Dornelas, foi condenado por Homicídio Qualificado, Ocultação de Cadáver, Organização Criminosa e Corrupção de Menores. A pena foi de 26 anos, 10 meses e 24 dias no regime fechado.