O servidor da Superintendência Regional do Meio Ambiente (Supram) Zona da Mata T. P. R. foi condenado a mais de 13 anos de prisão pela Justiça de Ubá. Ele foi apontado como dono de um complexo e estruturado laboratório para produção de drogas ilícitas, possuidor de um imóvel onde foram apreendidos 200 pés de maconha durante a operação Nematoide, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata. O servidor público teve a prisão preventiva decretada e se encontra foragido.

Segundo o promotor de Justiça Breno Costa da Silva Coelho, do Gaeco Zona da Mata, há fortes evidências de que o condenado, agente público integrante do quadro efetivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e lotado na Superintendência de Regulação Ambiental da Supram Zona da Mata, valia-se dos seus conhecimentos técnicos para a produção de drogas ilícitas em grande escala, já que era engenheiro agrônomo.

No dia 29 de outubro de 2020, durante a deflagração da segunda fase da operação Nematoide, quando do cumprimento do mandado de busca domiciliar, expedido pelo Poder Judiciário, na residência do servidor da Supram, o Gaeco encontrou materiais relacionados à prática do crime de tráfico de substâncias entorpecentes, como diversas espécies de sementes de maconha e cadernos com anotações para a produção da substância ilícita.

Durante as buscas realizadas num outro imóvel, alugado pelo investigado, situado na zona rural de Ubá, descobriu-se um sofisticado centro de armazenamento, cultivo e produção da droga. Averiguou-se ainda que o servidor da Supram possuía, em grande escala, sofisticados maquinários, aparelhos, instrumentos e objetos destinados à fabricação, preparação, produção e transformação de drogas, num contexto “profissional”, constituindo-se verdadeiro laboratório voltado ao tráfico permanente de substâncias entorpecentes.

Nessa casa, a polícia apreendeu grandes porções da droga identificada como cannabis sativa l., aproximadamente 200 pés de maconha, plantas em estágios umedecido e seco, sementes, além de diversos materiais voltados à preparação e à produção das substâncias proibidas.

Em diligências no imóvel, a equipe policial se deparou com um ambiente altamente estruturado, com aparelhos de ar-condicionado, esquema de irrigação e de iluminação para as plantas proibidas, inclusive com lâmpadas próprias. Tais equipamentos encontravam-se em funcionamento mesmo com o imóvel vazio, claramente visando ao perfeito ambiente para a produção em larga escala de cannabis sativa l.

O nome da operação Nematoide refere-se a uma praga que fica escondida nas raízes das plantas, de forma a sugar os seus nutrientes e intoxicar as células, podendo levá-las à morte.

Fonte: Assessoria de Comunicação Integrada do MPMG