Já imaginou tentar acessar o seu perfil em uma rede social e, de uma hora para outra, descobrir que a sua conta foi furtada e está sendo usada por outra pessoa? Foi o que aconteceu com uma internauta em Patos de Minas. O fato aconteceu em Janeiro deste ano, mas ela recorreu à Justiça e conseguiu uma vitória importante.

A internauta, que preferiu não se identificar, disse que foi surpreendida ao tentar acessar sua conta no Instagram e não conseguir. Dias depois, ela percebeu que o seu perfil trazia algumas publicações. A conta passou a ser usada para aplicar golpes.

Ela tentou recuperar o seu Instagram usando os mecanismos que a rede social disponibiliza.  Não conseguiu porque ao fazer a invasão, o hacker mudou as informações disponíveis na conta. A internauta ainda fez tentativas de recuperar o seu perfil de forma administrativa.


Como o perfil continuava sendo usado para aplicar golpes e preocupada com a possibilidade inclusive de ser responsabilizada pelos crimes que vinham sendo cometidos através de sua conta, ela decidiu procurar o advogado Alan Oliveira Guimarães e entrar com uma ação contra o Facebook, que é o dono do Instagram.  De imediato, a Justiça concedeu liminar obrigando o Facebook a restituir a conta para a cliente.

E esta semana, veio uma nova vitória. A Justiça determinou a restituição da conta e ainda condenou o Facebook a pagar indenização à dona do perfil hackeado por danos morais.

O advogado Alan Gonçalves alertou as pessoas que tiveram problemas com invasões de perfis em redes sociais a procurarem a Justiça, não só para recuperarem a conta e evitar danos, mas também para evitar com o nome a imagem da vítima continua sendo usado por golpistas. Ele alertou, no entanto, que é importante que a pessoa reúna provas de que a conta foi invadida e dos meios que utilizou para tentar recuperar o perfil. Ele disse que a Justiça tem tomado decisões em favor das vítimas.

A decisão, no entanto, é de primeira instância e ainda cabe recurso. De qualquer forma, a internauta conseguiu recuperar seu perfil e o conteúdo que estava armazenado nele, como as fotos da mãe que já faleceu.