A tragédia climática no Rio Grande do Sul voltou a colocar a importância da preservação ambiental no centro do debate público. Especialistas veem no desmatamento umas das formas de acelerar os eventos climáticos extremos, devendo todos respeitar a legislação. Nessa terça-feira (07), a Polícia Civil indiciou o ex-prefeito de Varjão de Minas por crime ambiental envolvendo desmatamento.
A autuação foi realizada pelo delegado da Polícia Civil, João Henrique Furtado de Oliveira. De acordo com a autoridade policial, no dia 01/05/2023, por volta de 08h00, Policiais do Meio Ambiente compareceram à Fazenda Samambaia, Zona Rural de Varjão de Minas/MG, e constataram que Walter Pereira Filho teria desobedecido a suspensão das atividades em uma área da fazenda que lhe fora imposta através de um auto de infração, lavrado em 17/08/2022, com o plantio de braquiária, impedindo a regeneração natural de 0,144 hectares.
Os policiais constataram que, em outra área do terreno, também houve o plantio de braquiária, impedindo a regeneração natural local em 0,09 hectares. E não parou por aí. Os militares também constataram que houve três novos pontos de desmate no bioma/cerrado, que totalizaram 4,98 hectares de área comum, que geraram 25 metros cúbicos de lenha nativa, sem autorização do órgão ambiental competente.
Diante disso, os Policiais Militares tomaram as medidas administrativas cabíveis, bem como realizaram o registro da ocorrência policial, restando, conforme entendimento da autoridade policial, devidamente comprovado que Walter Pereira Filho teria incidido nas penas dos artigos 48 da lei 9605, que consiste em impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação com pena de detenção, de seis meses a um ano, e multa. Ele também foi indiciado no art. 330 do CPB: desobedecer a ordem legal de funcionário público com pena de detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
O Patos Hoje entrou em contato com o ex-prefeito e recebemos o seguinte posicionamento: "Não procede. Apenas demos manutenção nas estradas vicinais. Isto foi o ano passado estava ainda como prefeito. E não foi a polícia civil que esteve no local. Foi a polícia do meio ambiente. E não fez nem uma notificação em meu nome. S e fez alguma notificação foi na prefeitura."
As informações estão contidas em uma ação que tramita na Justiça e que é de acesso público.
Marco
13/05/2024 15:20Realmente quando falamos em desmatamento teria que ficar de olho mesmo, porém que tem dinheiro pode, pegam um ou outro para bode espiatorio quero ver se tem polícia florestal ou meio Ambiente para fiscalizar estas famosas usinas de cana como WD e outras mais que desmatam não só 10 hequitar mas sim milhares de hequitares
Dr Enéas carneiro
09/05/2024 21:42Sabe pq ex prefeito, pq foi afastado do cargo por sonegação de imposto, eu acho é pouco o povo de varjão de minas tem memória curta e da a pouco esquece e vota nele novamente
Carneiro careca
09/05/2024 09:40Esse gosto de acabar com tudo, acabou com Varjão de Minas gerais, agora tá acabando com as árvores
EDU
08/05/2024 18:44Bolsominio com toda certeza.
AJP
08/05/2024 15:44Pelo jeito o rapaz gosta de descumprir a lei.