Universitárias do curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Viçosa, campus Rio Paranaíba, se uniram para fazer um trabalho muito importante. Elas vão adquirir absorventes e doar para adolescentes e mulheres carentes. As cinco universitárias que se uniram ao projeto fazem parte do Girl Up RP, acompanhando o movimento da ONU que luta pela igualdade de gênero.

O Patos Hoje conversou com Helen Vitaline de Castro Santos, uma das idealizadoras do projeto que também conta com Laura Nellessen, Ana Carolina Azevedo, Laís Gonçalves e Tamires Queiroz. A universitária informou que, nos meses de junho, julho e agosto, estarão realizando uma campanha em parceria com os diversos clubes Girl Up espalhados pelo estado de Minas Gerais, para arrecadar e distribuir absorventes para as mulheres e meninas.

Helen destacou que a intenção é contribuir para uma vida com maior dignidade menstrual e impulsionar o Projeto de Lei 1428/20. A campanha tem a parceria com a Associação Anjos da Guarda, uma organização já presente na Guarda dos Ferreiros há alguns anos. Elas irão  distribuir os produtos em Rio Paranaíba e São Gotardo, duas cidades do Alto Paranaíba em Minas Gerais. “Todos os absorventes arrecadados serão doados formalmente para essa Associação que já possui a relação das famílias que realmente necessitam desses produtos”, disse.

A Organização

A Girl Up é um movimento da Fundação ONU presente em várias cidades, estados e países, que treina, conecta e inspira jovens para que, juntos, estes lutem pela igualdade de gênero, focando principalmente em jovens meninas ao redor do globo.

A Girl UP RP é um clube situado em Rio Paranaíba-MG, com o intuito de ajudar meninas e mulheres a partir de projetos e eventos trazendo conhecimento e conscientização dos nossos direitos, além de auxiliar no processo de equidade feminina.

Pobreza Menstrual

O termo pobreza menstrual não denuncia somente a falta de acesso a produtos de higiene menstrual, mas também outras condições que estão diretamente ligadas com esse problema: a falta de acesso a saneamento básico e desigualdade social. No Brasil, 23% das meninas entre 15 e 17 anos não possuem condições financeiras para adquirir produtos próprios para lidarem com esse período, sendo que em todo o seu período fértil, estima-se que a mulher invista em mais de R$6.000 apenas em absorventes. Para as que têm que ponderar entre adquirir comida ou absorventes, torna-se difícil estar adquirindo novos produtos todo mês, o que leva muitas meninas e mulheres a os substituírem por soluções que podem prejudicar sua saúde e que não são próprios para a situação, como jornais, miolos de pão e trapos.

Para fazer as doações, as pessoas podem fazer as transferências por meio de pix através do CPF: 117.141.496-09 em de Luisa Manoela Romao Salles.