A Copasa divulgou na tarde desta quinta-feira (26) o resultado das análises da água do rio Paranaíba, em Patos de Minas. Os resultados comprovaram que a água coletada não apontou nenhum tipo de contaminação química do manancial que pudesse acarretar prejuízos à saúde da população. Esse teria sido um dos motivos pela falta d'água que afetou toda a população de Patos de Minas no início do mês. O Prefeito Falcão fez duras críticas à Copanhia na época.

Os laudos ficaram prontos na última segunda-feira (23/10) e apontaram a elevação acentuada da cor da água bruta, ou seja, a alteração da coloração da água do rio, fato que também pôde ser observado a olho nu e que levou à manutenção hidráulica e paralisação emergencial da Estação de Tratamento de Água (ETA) no início do mês de outubro, afetando o abastecimento de água em Patos de Minas.

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Segundo a superintendente da Copasa na região, Cristiane Carneiro, “vários podem ter sido os pontos causadores da alteração na coloração da água, como, por exemplo, o arraste de matéria orgânica em decorrência de chuva. No entanto, a Companhia ainda aguarda o resultado da fiscalização ambiental, que poderá apontar a causa do fato atípico”.

Os laudos das análises de água realizadas pela Copasa foram encaminhados na última terça-feira (24/10) para a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG) e para a Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM).

Garantia da qualidade no tratamento da água

Em 5 de outubro, tão logo os técnicos da Companhia identificaram a alteração na coloração da água, a Copasa paralisou a captação de forma preventiva. Neste momento, equipes se mobilizaram a fim de ajustar parâmetros de tratamento, tais como dosagem de produtos utilizados no tratamento, tempo necessário para tratar a água em cada etapa e período de paralisação da captação (manutenção hidráulica). Também intensificou a coleta de amostras da água para a realização de análises padrão da qualidade da água, que são feitas rotineiramente na própria ETA e no laboratório da empresa na cidade.

Somente após os resultados dessas análises comprovarem que a água do manancial apresentava as condições para captação e que o tratamento apresentava eficiência e estava em conformidade com os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, é que o fornecimento de água voltou a ser feito.

“As análises de rotina, feitas em Patos de Minas, nos confirmaram que a água poderia voltar a ser captada e que nossa ETA tinha condições de fazer o tratamento de modo a atingir os padrões preconizados pela legislação”, explicou Cristiane Carneiro.

Após a retomada do abastecimento, manobras operacionais foram feitas para agilizar a recuperação do sistema. As unidades de tratamento operaram ininterruptamente por 24 horas em capacidade máxima todos os dias, até a normalização da distribuição de água, e caminhões-pipa foram disponibilizados para dar suporte no abastecimento de áreas prioritárias.

Melhorias contínuas

Casos pontuais, como os registrados no último dia 5 de outubro, estão sujeitos a ocorrerem na operação, mas para minimizar os impactos nesse tipo de situação e melhorar cada vez mais o abastecimento de água, a Copasa realiza intervenções constantemente.

A fim de aumentar a disponibilidade de água para os bairros Campos Elíseos, Céu Azul, Cidade Nova, Gramado, Jardim Andrades, Jardim Itália, Ibiza, Industrial, Ipanema, Paulistano, Peluzzo e Planalto, no dia 13 de outubro foi concluída uma interligação de redes, em que uma nova tubulação de aproximadamente 300 metros levará água diretamente de um reservatório localizado no bairro Boa Vista até essas regiões.

Em 10 de outubro, a Copasa realizou a interligação de uma subadutora de 3.200 metros para ampliar o volume de água para os bairros Alvorada, Barreiro, Nossa Senhora de Fátima, Itamarati e Santa Helena.

Com o mesmo propósito, a previsão é que em novembro seja concluída a interligação de uma subadutora de 280 metros no bairro Laranjeiras, reforçando o abastecimento para esta área.

Ampliação do sistema de distribuição de água

Ainda com o propósito de melhorar o fornecimento de água para toda a cidade, estão em andamento as obras de ampliação do sistema de abastecimento, avaliadas em cerca de R$25 milhões. Já foram implantados cerca de 9 km de redes de distribuição. No momento, está em andamento a ampliação da captação. O próximo passo é instalação de conjuntos motobomba e instalações elétricas.

Fonte: Ascom Copasa