O Procon de Patos de Minas lacrou uma das bombas de um posto de combustível situado na Avenida J.K. na tarde desta quarta-feira (24). A partir de denúncia enviada ao órgão, foi constatado que o equipamento abastecia veículos com quantidade inferior à informada no painel. A variação aceitável para 20 litros de combustível é de 60ml para menos ou 100ml para mais, mas a empresa em questão entregava 80ml a menos ao cliente, ou seja, diferença de 33% do permitido.

Batizada como Estamos de Olho, a operação recebe o apoio da Polícia Civil, que lavrou boletim de ocorrência para dar seguimento à investigação iniciada hoje. Segundo o delegado Regional de Patos de Minas, Luís Mauro Sampaio, serão feitas diligências para constatar se houve crime contra o consumidor. Em caso positivo, o responsável pelo posto de combustível pode ser punido criminalmente.

“O estado possui o Instituto de Metrologia e Qualidade, o Ipem-MG, que executa serviços essenciais na proteção ao cidadão em suas relações de consumo. Além de enviar ao Procon local, o cidadão deve encaminhar denúncias, por exemplo como essa do posto de combustível, para esse órgão estadual”, explicou o delegado regional.

Dicas – Antes de iniciar o abastecimento, o cliente deve observar se o valor de litros e o total a pagar encontram-se zerados no painel, conferir o valor do preço por litro e a existência do lacre do Inmetro na bomba medidora, além de acompanhar o trabalho do frentista em todo o procedimento. O cidadão pode comprovar o valor final a pagar multiplicando o preço por litro pela quantidade de litros fornecida pelo equipamento.

Cabe destacar que, caso haja desconfiança do consumidor no momento do abastecimento de gasolina, álcool ou diesel, ele deve solicitar ao posto que realize um teste. Esses estabelecimentos são obrigados a manter medidores de volume de 20 litros capazes de comprovar se a quantidade marcada pela bomba medidora está correta.

O cidadão que desconfiar ou encontrar irregularidades em algum posto pode registrar o fato na Ouvidoria do Ipem-MG, por meio do fale conosco presente no site do Instituto, no telefone 08000 335 335 ou pelo endereço eletrônico [email protected]. Outro telefone de contato é o (31) 3399-7100.

A direção do posto informou que não se trata de fraude e sim um problema de vazamento em um dos bicos de uma das bombas. O equipamento não foi lacrado, mas empresa decidiu trancar o bico até que seja feita a manutenção.  O Procon e a Polícia Civil vão investigar o caso.