O ex-secretário Francisco Mendonça apresentou novos elementos que podem lhe favorecer.

A Vara da Justiça Criminal de Patos de Minas realizou nesta segunda-feira (02) a última audiência do processo movido pelo Ministério Público contra o ex-diretor do Ceasa, Edgar Pinheiro, e o ex-secretário de agricultura, Francisco Mendonça.  A surpresa maior ficou por conta do principal acusado. Edgar negou que tenha havido desvios de dinheiro no Ceasa, mesmo tendo confessado em outros depoimentos.

De acordo com o Promotor de Justiça, Paulo César Freitas, o ex-diretor disse em juízo nesta tarde que não sabia da ocorrência de desvios e que, se tiver acontecido, ele não foi o autor. A declaração deixou surpreso o representante do MP. Edgar havia confessado na polícia e em outros depoimentos, alguns informalmente, que realmente teria praticado o delito. Ele responde por peculato e também crimes em licitações. A pena pode ir de 3 a 12 anos.

Com relação ao coréu, Francisco, ele confirmou a ocorrência dos desvios de cerca de R$240 mil do Ceasa e delatou Edgar. No entanto, ele negou que tenha tido qualquer responsabilidade no crime. O ex-secretário apresentou novos elementos que podem lhe favorecer. Segundo o Promotor, o ex-secretário informou que havia criado um sistema para promover a contabilização da arrecadação e que não cabia a ele fazer a fiscalização.

Pela repercussão do caso e o clamor público, o promotor espera que a sentença seja proferida em 30 dias. Paulo César aproveitou para informar que outro processo de natureza cível está tramitando em desfavor dos réus. Foi pedido o bloqueio dos bens dos réus, o que foi negado pela justiça e se encontra em recurso. Este processo além de buscar o ressarcimento do dinheiro desviado, pretende a condenação em multa civil e inelegibilidade.

Autor: Farley Rocha