A Assembleia Legislativa de Minas Gerais derrubou, nesta terça-feira (12), por quase unanimidade, o veto parcial do governador Romeu Zema, do partido Novo, aos índices extras de reajuste aos servidores da Educação, da Saúde e da Segurança Pública. O veto parcial foi derrubado por 55 votos a apenas 3. Agora, o texto segue novamente para Zema para ser promulgado em 48 horas. Com isso, estão mantidos percentuais adicionais aprovados pela Assembleia e que beneficiam as áreas de segurança pública (14%), saúde (14%) e educação (33,24%), bem como o auxílio social para inativos das forças de segurança.
Somente os deputados Bartô (PL), Guilherme da Cunha (Novo) e Laura Serrano (Novo) foram contrários à derrubada do veto. Em apreciação em turno único, o plenário seguiu o parecer favorável à queda do veto aprovado pela Comissão Especial nessa segunda-feira. Após ter sido aprovado por maioria no colegiado, o relatório do deputado Sávio Souza Cruz (MDB) foi endossado pelo plenário da Casa.
O Veto 34/22, de autoria do governador Romeu Zema, incidia sobre os artigos 10 e 11 da proposição de lei, oriunda do Projeto de Lei (PL) 3.568/22, também do chefe do Poder Executivo e que prevê recomposição geral de 10,06% sobre os salários de servidores civis e militares de todas as áreas. Os adicionais previstos nesses artigos são resultado de emendas parlamentares apresentadas durante a tramitação do projeto.
A matéria foi aprovada em Plenário, em 2º turno, em 30 de março, e a parte não vetada deu origem à Lei 24.035, de 2022. Os vetos do governador tramitam em turno único. Para derrubar um veto, são necessários 39 votos contrários (maioria absoluta da Assembleia). Com a derrubada do veto, o governador tem 48 horas para promulgar os artigos que ele havia vetado. Se não o fizer nesse prazo, a tarefa da promulgação passa a ser da Assembleia.
Governo alegou inconstitucionalidade e aumento de despesas
Na Comissão Especial que analisou o veto, o relator da matéria, deputado Sávio Souza Cruz (MDB), rebateu alegações do governador de inconstitucionalidade dos dispositivos vetados e de que haverá aumento substancial de despesas trazido pelo artigo 10. Esse artigo concede reajustes adicionais de 14% para servidores civis e militares da segurança pública, como forma de compensar o não cumprimento de acordo firmado em 2019 entre a categoria e o governo. Também concede mais 33,24% para servidores da educação, a fim de que seja cumprido o piso salarial nacional, e 14% para as carreiras do grupo de atividades de saúde, tendo em vista a atuação dos profissionais da área no enfrentamento à pandemia de Covid-19.
O relator concluiu que não era possível acolher a alegação de inconstitucionalidade por vício de iniciativa dos dispositivos que viabilizam a recomposição de perdas inflacionárias, bem como a aplicação de piso salarial profissional nacional. Segundo ele, isso representa medida indispensável para suprir a omissão da proposição original, que não atendeu às normas constitucionais que determinavam a adoção de tais medidas.
Sobre a alegação de que o aumento das despesas se daria sem previsão expressa da fonte de custeio desses novos gastos, o relator disse que não é possível comprovar tal fato, uma vez que o governo não daria a devida transparência às contas públicas, além de ter aumentado sua arrecadação e incrementado sua política de renúncia de receitas, por meio de incentivos fiscais concedidos no Estado.
A Comissão Especial teve como presidente o deputado Sargento Rodrigues (PL) e como vice o deputado Professor Cleiton (PV). Também integraram a comissão a deputada Beatriz Cerqueira (PT) e o deputado Guilherme da Cunha (Novo), o único a defender os argumentos do governo e votar contra o parecer na comissão.
Deputados questionaram argumentos de falta de recursos em caixa
Antes da votação, vários parlamentares se pronunciaram sobre a matéria em discussão. Deles, apenas os deputados Guilherme da Cunha (Novo) e Bartô (PL) se disseram favoráveis ao veto do governador. Para eles, o Estado não tem dinheiro em caixa para pagar os reajustes propostos e, por isso, a derrubada do veto seria irresponsável.
Segundo Guilherme da Cunha, as emendas são “inconstitucionais e inexequíveis”, tendo em vista que custariam R$ 9 bilhões ao ano para os cofres do Estado. Ele afirmou, então, que esses reajustes seriam contrários ao interesse público, uma vez que implicariam em mais gastos. Além disso, o parlamentar disse que a derrubada do veto era uma estratégia eleitoreira dos colegas.
Muitos dos deputados rebateram os argumentos apresentados por eles. De acordo com o deputado Professor Cleiton (PV), o custo anual dos reajustes será de R$ 4,6 bilhões, bem menor do que o apresentado pelo colega. A deputada Beatriz Cerqueira (PT), por sua vez, lembrou que os recursos do Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb) devem ser usados para pagamento dos profissionais da educação e não estão sendo devidamente destinados.
Já o deputado Ulysses Gomes (PT) apontou que, em dezembro de 2021, o caixa do Estado tinha um saldo de quase R$ 24,5 bilhões, de acordo com relatório publicado pelo governo estadual. O relatório, segundo ele, é de publicação obrigatória até o mês de abril de cada ano sobre o ano fiscal anterior. Ele pontuou que no governo comandado por Romeu Zema, as informações sobre os recursos estaduais não eram divulgadas, de forma que alguns deputados chegaram a recorrer à Justiça para ter acesso a elas.
Assim, os parlamentares afirmaram que há dinheiro suficiente para a valorização dos servidores e acusaram a atual gestão de não ser transparente.
Sobre o interesse público da derrubada do veto, se pronunciaram os deputados André Quintão e Cristiano Silveira, ambos do PT. Segundo eles, são exatamente as pessoas mais pobres que usam a saúde e a educação pública e é só valorizando os servidores dessas áreas que é possível entregar um serviço de qualidade. Eles apontaram, ainda, que é preciso debater as renúncias fiscais oferecidas aos grandes empresários, que cresceram durante o governo de Romeu Zema. Essas sim, para eles, são contrárias aos interesses da população nesse momento.
Deputados elogiaram as lutas das categorias
Os deputados também falaram sobre a falta de diálogo do governador Romeu Zema, que, para eles, não ouviu e não negociou durante toda a tramitação da matéria na ALMG. E, nesse sentido, eles também elogiaram as lutas dos servidores. O deputado Betão (PT) falou sobre a importância da representação sindical para que os interesses dos servidores sejam organizados e ouvidos.
Já os deputados Bruno Engler, Coronel Sandro e Sargento Rodrigues, do PL, e Delegado Heli Grilo (União) lembraram que os servidores da segurança estão mobilizados desde 2019, quando o governador chegou a fazer um acordo de reajustes com as categorias. Depois do texto votado na ALMG, porém, Romeu Zema vetou parte do reajuste.
Os deputados Doutor Jean Freire (PT), Cássio Soares (PSD) e Cleitinho Azevedo (Cidadania) e a deputada Ana Paula Siqueira (Rede) também se manifestaram favoravelmente à derrubada dos vetos. Eles falaram sobre a importância de se valorizar os servidores e elogiaram a pressão exercida pelas categorias.
Fonte: Ascom ALMG
Comentário mais curtido:
Justiceiro
Não vamos esquecer dos nomes dos vereadores que votaram a favor do reajuste de 25% dos próprios salários: Vicente de Paula Souza - João Marra - José Carlos da Silva ( Carlito ) - Mauri da JL - Cabo Batista - Professora Beth - Gladston Gabriel - Bartolomeu Ferreira - Nivaldo Tavares. Vcs não serão esquecidos! Em toda notícia postada aqui, comentaremos os nomes de vcs! Não serão reeleitos!
Bichos folgados
13/04/2022 08:09Esses políticos tão muito folgados , vive no ar condicionado, frigobar , nem sua a camisa , cidade tá um ó , mexe na sinalização das ruas principal, faiz com que haja congestionamento numa cidade pequena desta pq se quiser ir ali tem qui dar uma voltona , aí na hora de aumentar os salários esses bicho é bão.
Tiago
12/04/2022 18:29Quando começarem os atrasos nos salários os servidores vão se arrepender dessa derrubada de veto.
Patense do Novo
12/04/2022 17:58Não é q as classes não mereçam o aumento pq merecem. O problema é a falta de receita, o regime de recuperação fiscal iria ajudar, mais o sr Agostinho Patrus, vice do Kalil preferiu dar um aumento de qq maneira só pra usar como propaganda política. Juntamente com os parasitas dos sindicatos. Mais o certo eles se recusam a fazer que aprovar o regime de recuperação fiscal. Onde assim os salários em dia é com os aumentos devidos.
Chico
12/04/2022 17:2412/04/2022 10:02 Não vamos esquecer dos nomes dos vereadores que votaram a favor do reajuste de 25% dos próprios salários: Vicente de Paula Souza - João Marra - José Carlos da Silva ( Carlito ) - Mauri da JL - Cabo Batista - Professora Beth - Gladston Gabriel - Bartolomeu Ferreira - Nivaldo Tavares. Vcs não serão esquecidos! Em toda notícia postada aqui, comentaremos os nomes de vcs! Não serão reeleitos!
Chico
12/04/2022 17:24E isso ai professores tem que lutar por melhorias!! Já nossos vereadores tão fazendo a festa!! Cadê o falcão pra veta esse alimento absurdo.
Hernesto
12/04/2022 16:40Estou do lado do governador tido tem limites é o governo não pode gastar toda a sua receita com funcionalismo público não
Não sou funcionário
12/04/2022 18:14O estado de Minas é o estado com os tributos mais caros do Brasil, com certeza tem dinheiro pra pagar o piso dos nossos professores.
Hernesto
12/04/2022 16:38Eßse pessoal esta querendo é receber o salário parcelado como os governos tucanos é principalmente o petista fazia , se o governador já disse que não tem condições , Isto é inrresponssabilidade dos deputados , por isto digo reeleger deputados vereadores e o fim da picada , em época de eleições eles esquecem o que é ética E bom senso , fora com Essa cambada
ex parcelado
12/04/2022 16:38por isso e outros motivos abandonei a sala de aula, pimentel era salário e 13º salário sempre atrasado e PARCELADO. Obrigando esse aumento só consta que, salários podem ser parcelados novamente, indo bem além de folha. Uma pessoa de familia vive como com parcelamento de salário, será que poderia parcelar os alunos? Parcelar todo trabalho? Aumento todos querem, mais é preciso ter consciência.
ex parcelado
13/04/2022 11:15Por essa frase ridicula, com toda certeza é aliado ao PT professor de história, acovardar não lindeza, isso se chama contas pra pagar!!! Sabe o que é isso ou vc ta la no grupinho do Serasa? Conhecimento dos meus direitos? Tenho até demais, por isso prefiro trabalhar do que ficar nessa "luta" pra receber um miséro salário. Ahhhh FICA COM A BOQUINHA FECHADA
Kaki007
12/04/2022 16:50Você abandonou a sala de aula, porque não tem conhecimento de seus direitos. Aquele que conhece seus direitos, lutam por eles. Não se acovarda, como é seu caso. Agora, não vem dar uma de pessoa consciente. Fica no seu canto.
Sodboa
12/04/2022 15:59E o problema com os salários dos vereadores,ninguém vai resouver não?
Verdades sejam ditas
12/04/2022 15:52Agora gostaria de saber como que estes professores iram repor todas essas aulas perdidas nesta greve. Porquê no final quem acaba sendo prejudicados são os alunos!!!!!
Professor modesto
12/04/2022 17:22Vai repor nós sábados e nas férias!! Em vez de ficar preocupada com aula de alunos vai ensinando ele em casa.
Kaki007
12/04/2022 16:56Esquenta não. Os pais só olhem para seus umbigos. Porque não são eles que estão dentro de uma sala de aula com 35 alunos. Não querem nem saber. Só querem os filhos fora de casa, se possível, em tempo integral para poderem trabalhar. Lembrem-se: Presidente da República, Governadores, Senadores, Deputados, etc, todos tiveram que passarem por uma sala de aula para chegarem onde estão. E olha os salários deles! É justo o que os professores estão ganhando?
O mais lindo
12/04/2022 15:25Espero que Zema continue firme em relaçao a isso! Como pagador de imposto sou contra esse aumento absurdo no gasto com funcionalismo público
O mais lindo
13/04/2022 11:31Tem uma coisa que se chama responsabilidade fiscal, a qual vocês desconhecem!
Retardado
12/04/2022 21:28O seu retardado, os profissionais do estado tendo aumento de salários ou não você vai pagar muito imposto. Engraçado que não querem aumentar o salário dos funcionários, mais os deles vai ser igual aqui em Patos, sobe é mais de 25% né?
Ranço
12/04/2022 18:17Retardado, nossos professores merecem esse piso, mas se vc nao é a favor deve pagar pro seus filhos escola particular né, idiota.
Policial feminina
12/04/2022 16:10A inveja de certas pessoas é maléfica. Deseje o bem para quem(enquanto você dorme), faz a sua segurança. Sua e de seus familiares. Também pagamos impostos e bem altos. Todos nós pagamos impostos, vivemos em um país capitalista. Zema pode até vencer na justiça, porque ele compra o judiciário, porém já tivemos uma imensa vitória...NOSSA UNIÃO. SEMPRE SEREMOS VENCEDORES. No próximo concurso público, seja em qualquer área, faça inscrição e corre atrás, porque não é "molezinha" não. É só para os melhores e quem corre atrás. O próprio nome indica..."CONCURSO PÚBLICO ".
Zêta
12/04/2022 14:55Não concordo com o Romeu Zema, mas, no sistema ou faça como eles, ou eles te tiram
Justiceiro
12/04/2022 14:36Não vamos esquecer dos nomes dos vereadores que votaram a favor do reajuste de 25% dos próprios salários: Vicente de Paula Souza - João Marra - José Carlos da Silva ( Carlito ) - Mauri da JL - Cabo Batista - Professora Beth - Gladston Gabriel - Bartolomeu Ferreira - Nivaldo Tavares. Vcs não serão esquecidos! Em toda notícia postada aqui, comentaremos os nomes de vcs! Não serão reeleitos!
Enfermeiro
12/04/2022 18:20O pior é o Gladston , enfermeiro que não ajuda a categoria e fica fazendo projeto pra aumentar o próprio salário.
Kaki007
12/04/2022 17:01Eu não esquecerei de nenhum deles. Principalmente do Cb Batista, colega de farda, em que sempre votei e apoiei. João Marra, um que sempre estou sempre ajudando através da Associação Anjos da Vida. Acabou!!!!
Flavia
12/04/2022 16:57Pode incluir na lista ai o Fé no Zé, que em plena pandemia votou a favor, como dessa vez percebeu que já tinha a maioria mudou o voto, mas já deu pra perceber que é mais do mesmo
contador
12/04/2022 14:04Quando os parcelamentos de salarios começarem novamente, sugiro aos funcionarios publicos a procurarem os nobres deputados para que eles arrumem o dinheiro. O estado continua quebrado, está pagando em dia por força de liminar que suspendeu o pagamento de dividas a união e vem esses irresponsáveis eleitoreiros e brincam com a coisa publica.
Mg.
12/04/2022 18:21O estado não está quebrado, quebrada é a inteligência do povo mineiro que não vai a luta por seus direitos...estado com os tributos mais caros do Brasil
Thysleithousand
12/04/2022 13:59É galerinha preparem os bolsos, ano que vem imposto novo em MG.