A pandemia de coronavírus ficará registrada na memória dos patenses como um dos momentos mais tristes de nossa história. O Município de Patos de Minas ultrapassou nesta segunda-feira (19) a trágica marca de 500 vidas perdidas pela Covid-19. Em aproximadamente 16 meses, os patenses sofreram a perda de pais, mães, avós, filhos e filhas, irmãos, esposos e esposas, namorados e namoradas. O luto das famílias parece insuperável.

De acordo com o boletim municipal, a Capital do Milho chegou nesta segunda a 502 vidas perdidas pela Covid-19. Na sexta-feira (16), eram 499. Para se ter uma ideia do tamanho da tragédia, esse número equivale a cerca de 20 anos seguidos com recordes de homicídios em Patos de Minas. De acordo com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, os três últimos óbitos ocorreram nos dias 16 e 17/7, sendo de uma mulher de 92 anos e de dois homens de 46 e 48 anos. E o número total pode ser ainda maior. Conforme o Boletim Estadual, o número de mortes por Covid-19 em Patos de Minas já está em 507.

E a perda não é só de vidas, de saúde. Financeiramente, as famílias também tiveram perdas consideráveis. Muitos tiveram que contar com a ajuda e solidariedade da população para custear os tratamentos. Grandes correntes de oração e solidariedade foram criadas para auxiliar as pessoas que foram acometidas pela Covid-19. A perda econômica foi sentida nos mais diversos setores e, mesmo com mais alívio, continua.

O pior é que centenas de pessoas ainda continuam sofrendo com os efeitos da doença que podem se prolongar no tempo. Nesta segunda-feira (19), Patos de Minas teve mais 67 novos casos, passando de 15.707 registrados na sexta-feira (16) para 15.774 já acometidas pela Covid-19. Do total de infectados, 352 estão se recuperando em casa e 14.865 pessoas já estão sem o vírus. A média diária de casos ficou em 28,28.

O número de pessoas internadas, incluindo suspeitas e de cidades vizinhas, está em 73, sendo 40 em leitos clínicos e 33 em UTIs. A ocupação dos leitos públicos e privados está em 88,89% dos clínicos e 67,35% das UTIs. No setor público, o percentual está em 64% dos clínicos e 62,50% das UTIs. O número de internações é maior do que o registrado na sexta-feira (16), quando havia 65 pessoas internadas na rede hospitalar da cidade.