Os pais de uma bebezinha de apenas 7 meses em Patos de Minas enfrentaram uma saga desesperadora nesta sexta-feira (28) para conseguirem atendimento para a filha. A criança começou a se sentir mal logo no início da manhã e eles só conseguiram atendimento depois das 17h00. Houve falta de pediatras nos principais hospitais particulares da cidade.

O Patos Hoje conversou com Graziela Barbosa, mãe da criança. Ela explicou que, por volta das 8h30, a filha começou a sofrer convulsões e febre. Diante disso, ela foi levada até um hospital particular onde já tem costume, no entanto recebeu a resposta de que não havia pediatra. Diante disso, ela foi até outro hospital. Porém, também não recebeu atendimento.

Para tentar o tratamento, ela ligou então no terceiro hospital e a reposta era que o pediatra não poderia atender porque já estava de “aviso”. Sem conseguir o atendimento, o jeito foi voltar para casa por volta das 13h00. Sem almoço, eles deram banho na criança e fizeram a inalação, levando a criança a pegar no sono.

Porém, ao acordar, ela já se mostrou com o quadro ainda mais grave. Ela ficou toda roxa e teve convulsões. Ainda tremia muito e nem dobrava as perninhas. “Ela perdeu o fôlego, começou a ficar roxa e gelada, nem as perninhas dobrava”, contou Graziela. Em desespero, eles ligaram para o Corpo de Bombeiros, mas pela gravidade o melhor seria levá-la em carro próprio, já que eles moram no Bairro Morada da Serra.

Uma vizinha foi que a ajudou socorrê-la até o segundo hospital onde ela havia se dirigido mais cedo. Foi só aí, por volta das 17h10, que eles conseguiram atendimento para a filha. Vendo a gravidade, ela foi passada na frente de outras crianças e a médica prescreveu dipirona para cortar a febre e solicitou exame de sangue para descobrir o que teria acontecido. Ela continua sendo atendida.

Graziela decidiu expor a situação para que sejam adotadas as medidas necessárias a fim de evitar que os hospitais fiquem sem pediatras. “Crianças podem morrer em Patos de Minas”, destacou. O Patos Hoje já noticiou que hospitais públicos da cidade também vêm sofrendo com a falta dos especialistas, inclusive tendo que levar recém-nascidos para Belo Horizonte.