A Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Jardim Peluzzo vem sendo alvo de uma série de reclamações. Quando não é pela superlotação, é por falta de médicos. Uma paciente entrou em contato com a redação do Patos Hoje e denunciou uma situação mais absurda ainda. Segundo ela, foi maltratada e humilhada por funcionários da unidade. Bastante abalada, ela contou em detalhes como tudo aconteceu.

De acordo com a mulher de 46 anos que trabalha como Técnica de Segurança, ela foi à UPA por volta de 02h00 desse sábado. Segundo ela, ao chegar no local, já presenciou bastante gente reclamando da demora no atendimento. “Tinha um idoso lá com muitas dores e uma criança de colo tossindo bastante. O pessoal lá falou que já tinha pelo menos 3 horas que não chamavam ninguém para atender,” disse ela.

Ainda segundo a paciente, ao questionar a razão de não haver atendimento, o segurança da unidade começou a maltratá-la. “Ele foi muito grosso, arrogante e sem educação nenhuma com a gente. Foi rude inclusive com a mãe que estava com a criança no colo tossindo e chorando sem parar”. Ela contou ainda que ameaçou chamar a polícia e foi tratada com ironia pelo guarda. “Pode chamar, nunca dá nada mesmo”, teria dito o segurança.

A mulher ficou ainda mais espantada quando a médica que supostamente estava de plantão chegou à unidade só às 06h30. “Ela chegou com uma roupa toda preta, o rosto coberto e sapatos de festa”, disse ela. A paciente contou ainda que, enquanto estava sendo atendida, perguntou o nome da médica e ela se recusou a falar. Além disso, a médica teria se negado a prescrever remédios para ela.

“Eu pedi remédio e ela não quis passar, perguntei o nome dela e ela disse que eu não saberia pronunciar. Eu nunca fui tão humilhada em toda minha vida”, desabafou. A mulher relatou à nossa equipe que, após a recusa da médica, ela se levantou para ir embora e a médica começou a gritar na unidade. “Ela aprontou um escândalo sem tamanho dizendo que eu é quem não queria receber a medicação e nisso veio o segurança e tentou me tirar da UPA pegando no meu braço”.

Antes de finalizar, a paciente ainda fez um desabafo. “As pessoas procuram a UPA não é porque querem não, é porque precisam. Eu fui muito humilhada, se eu pudesse eu nunca mais voltaria lá”, finalizou a paciente.

A assessoria de comunicação da Prefeitura informou que vai apurar o caso e recomendou que, se ocorrer situação como esta, é importante que a pessoa formalize uma denúncia na ouvidoria da saúde para que o caso seja esclarecido.