O filho de uma paciente de 73 anos que está internada na UPA de Patos de Minas aguardando por uma cirurgia acusa os funcionários da unidade de terem esquecido sua mãe em um hospital particular. A paciente foi levada de ambulância para realizar exames no Hospital Vera Cruz e os próprios familiares tiveram que providenciar transporte para leva-la de volta para a UPA.

A dona Maria Arlete foi acometida por fortes dores abdominais e os familiares a levaram para a Unidade de Pronto Atendimento. Segundo o filho da paciente, Dener Cleysson, diversos exames foram feitos, mas os médicos pediram uma avaliação mais detalhada. Dona Arlete foi colocada em uma ambulância da Prefeitura e levada para o Hospital Vera Cruz para fazer novos exames.

Dener explica que a mãe saiu da UPA por volta de 15h. Ela deveria realizar os exames e retornar para a UPA, onde está internada. Mas a ambulância foi embora e não retornou para buscar. Dener disse que fez contato na Unidade de Pronto Atendimento e que foi informado que não havia ambulância para buscar a paciente.


A própria família teve que providenciar o retorno da paciente para a UPA. Além das dificuldades de transportar uma paciente acamada em carro particular, Dener reclamou do descaso e da falta de organização da Unidade de Pronto Atendimento. “Eles simplesmente levaram a minha mãe e largaram ela lá”, desabafou.

Dener aproveitou para reclamar das condições em que a UPA se encontra. Ele tirou fotos do local, que está com buracos nas paredes e no piso e mofo no telhado. Segundo ele, pacientes estão tendo que conviver com fibra de vidro saindo pela parede.

A Prefeitura informou que a reforma na UPA está sendo feita por etapas para não prejudicar o atendimento aos pacientes.

Sobre o questionamento apresentado:

- a UPA responsabiliza-se por levar e buscar todos os pacientes internados que necessitam sair da unidade para submeter-se a exames, e esse serviço acontece de forma programada para que o retorno ocorra assim que os exames são finalizados;

- na situação ora informada, houve atraso na realização do exame, o que alterou o horário previsto para buscar a paciente, e, no momento em que ela foi liberada, a ambulância que estava em serviço atendia a chamados;

- a informação dada pela equipe da UPA foi que, assim que a ambulância estivesse disponível, a paciente seria levada de volta à unidade, e a orientação foi que ela aguardasse.