O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Paracatu, assinou, na quinta-feira, 29 de junho, um Termo de Cooperação Técnica com a Mitra Diocesana, o Município de Paracatu, e o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico (COMPHAP) para garantir a restauração e revitalização da Igreja Matriz de Santo Antônio, naquela cidade.

A igreja teve sua construção iniciada, provavelmente, por volta de 1730. Entre as características marcantes da sua arquitetura está a ausência de torres sineiras no corpo da igreja, como a sua composição volumétrica. Essa particularidade - um traço da arquitetura religiosa goiana – se explica pelo povoamento da região ter influência da expansão paulista para os sertões de Goiás. Outra característica que chama a atenção é o conjunto de sete retábulos no seu interior, sendo os mais antigos e interessantes os do arco cruzeiro, em estilo joanino.

A promotora de Justiça Mariana Duarte Leão avalia que a cooperação para a reforma da Igreja Matriz demonstra o amadurecimento das instituições envolvidas. “A defesa do patrimônio cultural e sua preservação trazem benefícios para todos”, afirma.

O MPMG irá acompanhar e fiscalizar o cumprimento do termo de cooperação. Também irá destinar verbas para o Fundo Municipal de Cultura – FUMPAC, que poderão ser direcionadas para as obras da igreja matriz de Santo Antônio, a critério do gestor do fundo.



Após ação do MPMG, município de Paracatu entrega praça histórica revitalizada

Após atuação do Ministério Público de Minas Gerais, a prefeitura de Paracatu executou a revitalização das praças Ademar Neiva e Getúlio Vargas. As praças, conhecidas como Largo do Rosário, ficam no Núcleo Histórico de Paracatu, tombado pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) desde 2017.

Agora, a prefeitura deverá inspecionar, a cada três meses, os cuidados com a limpeza e a conservação das praças e seus jardins; fiscalizar os eventos realizados no local, especialmente quando houver montagem de estrutura fixa, e se abster de fazer qualquer alteração nas praças sem aprovação dos órgãos competentes.

“A proteção do Largo do Rosário é, sem dúvida, a forma mais adequada de se preservar o patrimônio cultural do município, que não pode ser vítima de baixas em seu conjunto arquitetônico, sob pena de total aniquilação da importância histórica, paisagística e turística da cidade”, destaca a promotora de Justiça de Paracatu, responsável pela ação, Mariana Duarte Leão.

Em 2021, o MPMG determinou a instauração de Procedimento Administrativo para garantir que as praças Ademar Neiva e Getúlio Vargas cumprissem a sua função social, e, na mesma ocasião, encaminhou ao prefeito e ao secretário de Cultura a Recomendação Administrativa nº 06/2021, que tratou da conservação e restauração da praça.

O prefeito e o secretário municipal de Cultura informaram ao MPMG que os projetos paisagístico, de recuperação do calçamento e de substituição dos bancos e estruturas quebradas já estavam elaborados e que o município assegurou recursos para a reforma das praças.

Em outubro de 2021, durante reunião com a promotora de Justiça, o prefeito, o secretário municipal e o procurador do município se comprometeram a recuperar as praças em quatro meses, mas, passado esse prazo, houve apenas a remoção de um banco quebrado, que sequer foi substituído. Com o fim do prazo estipulado no acordo, o município não tomou as providências necessárias para a restauração. Dessa forma, foi ajuizada a Acp para compelir o Município a cumprir o que havia sido acordado. Os pedidos foram julgados procedentes e, após a condenação, o município iniciou a reforma e a restauração foi concluída esta semana.


Fonte: Assessoria de Comunicação Integrada do Ministério Público de Minas Gerais