O motorista de 62 anos que dirigia o Fiat/Uno e atingiu duas motocicletas na Avenida Fátima Porto nessa quarta-feira (08) vai responder criminalmente por lesão corporal e embriaguez ao volante. Além de apresentar sinais de embriaguez, ele soprou o etilômetro e o resultado foi quase duas vezes superior ao limite estabelecido como crime de trânsito. Ele confirmou que já havia sido preso por embriaguez ao volante. O Ministério Público pediu que ele continue preso.

A batida violenta aconteceu por volta das 17h35, no cruzamento da Rua Major Jerônimo com a Avenida Fátima Porto. As imagens mostram o veículo descendo de forma desgovernada o morro íngreme da Major Jerônimo, solta faíscas ao passar nos desníveis da pista, sobe o meio fio, perde uma das rodas até atingir o mototáxi com duas pessoas e uma motoneta que era conduzida por uma professora de 55 anos.

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De acordo com a ocorrência policial, o motorista chegou a ficar preso nas ferragens sendo necessário uso de desencarcerador pela equipe do Corpo de Bombeiros. Após ser retirado do veículo, foi socorrido por uma equipe do SAMU até a Santa Casa de Misericórdia. Ele apresentava várias escoriações pelo corpo, além de um corte contuso na região do supercílio esquerdo que causou intenso sangramento.

Em prévia entrevista, ainda no local do acidente, os policiais perceberam forte odor de álcool etílico durante sua fala. Indagado, disse aos militares que seu veículo teria perdido os freios e ficou desgovernado. Disse ainda que havia feito uso de bebida alcoólica antes de tomar a direção de seu veículo. Convidado a soprar o etilômetro, ele concordou e o resultado foi de 0,61 mg/L de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões.

Após receber alta médica, ele foi levado para a delegacia e, após ser ouvido pela autoridade policial, levado para o Presídio Sebastião Satiro, já que a soma das penas dos crimes não permite o arbitramento de fiança. Ele disse apenas que já havia sido preso por embriaguez ao volante e permaneceu calado durante o restante do depoimento ao delegado da Polícia Civil que o autuou em flagrante.

A professora que conduzia a Honda/Biz sofreu algumas escoriações pelo corpo, ferimento de corte contuso no glúteo direito e queixava-se de dores no tórax. Ela foi socorrida por uma equipe do SAMU e encaminhada até a Santa Casa de Misericórdia. O mototaxista de 39 anos sofreu várias escoriações pelo corpo e se queixava de dores nos membros inferiores, mão direita e punho esquerdo. Já o passageiro de 38 anos, que chegou a ser arremessado a cerca de 15 metros do local do impacto, sofreu lesões graves com dilaceramento da perna direita. Ele foi encaminhado por uma equipe do SAMU até o Hospital Regional e foi direcionado para o bloco cirúrgico com urgência.

O motorista do Uno vai responder por lesão corporal, conforme o art. 303 da Lei 9503/97, e embriaguez ao volante, crime do art. 306 da Lei 9503/97. O Ministério Público pediu a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, quando não há prazo definido para a liberação. O órgão entendeu que deve permanecer preso pela gravidade dos crimes e por ele já ter sido preso por embriaguez ao volante.