O motoboy Mauro José não está nada satisfeito com o preço das novas placas veiculares em Patos de Minas. Ele concedeu entrevista para o Patos Hoje nesta terça-feira (27) e disse que o preço dos itens obrigatórios nos veículos automotores está muito superior ao praticado nas cidades da região. Ele questionou o motivo dos valores mais altos.

Mauro contou que foi fazer a transferência de propriedade da moto nesta terça-feira (27) e teve que pagar R$230,00 pela placa no modelo Mercosul. Segundo ele, a situação se tornou ainda mais questionável quando soube que as duas placas dos carros saem pelo preço de R$280,00, ou seja, a única placa da moto está praticamente igual ao preço das duas dos automóveis.

Mauro contou que fez uma pesquisa nas cidades vizinhas e encontrou preços bem abaixo do preço que pagou. Segundo ele, encontrou placas por R$90,00 em Belo Horizonte e R$150,00 em Uberlândia. Ele também citou outros preços inferiores. “Muitos pais de família estão recebendo só o auxílio emergencial”, disse destacando o momento difícil porque passa o país.

Um pouco diferente do que diz Mauro, a nova placa é obrigatória apenas nos casos de primeiro emplacamento. Para quem tiver o modelo antigo, a troca deverá ser feita no caso de mudança de município ou unidade federativa; roubo, furto, dano ou extravio da placa e nos casos em que haja necessidade de instalação da segunda placa traseira. Nas outras situações, a troca da placa cinza pela do padrão Mercosul não é obrigatória. Com isso, os carros com a atual placa cinza podem continuar assim até o fim da vida útil do veículo.

O novo modelo apresenta o padrão com quatro letras e três números, o inverso do modelo que vinha sendo adotado no país, com três letras e quatro números. O novo modelo permite mais de 450 milhões de combinações, o que, considerando o padrão de crescimento da frota de veículos no Brasil, pode levar por mais de 100 anos.

Também muda a cor de fundo, que passará a ser totalmente branca. A mudança vai ocorrer na cor da fonte para diferenciar o tipo de veículo: preta para carros de passeio, vermelha para os comerciais, azul para os oficiais, verde para veículos em teste, dourado para os automóveis diplomáticos e prata para veículos de colecionadores.

Todas as placas deverão ter ainda um código de barras dinâmico do tipo Quick Response Code (QR Code) contendo números de série e acesso às informações do banco de dados do fabricante e estampador do produto. O objetivo é controlar a produção, logística, estampagem e instalação das placas nos respectivos veículos, além da verificação de sua autenticidade.

O Conselho Nacional de Trânsito e o Ministério de Infraestrutura haviam informado que o novo emplacamento segue a lógica da livre concorrência, não havendo definição de preços por parte do governo federal. Na prática, os Detrans estaduais credenciam empresas capacitadas para não só produzir as placas como também vendê-las ao consumidor final. Portanto, o proprietário do veículo poderia buscar o valor mais em conta na hora de adquirir o item. No entanto, Mauro José questionou que as placas não podem ser adquiridas em outras cidades.

O Patos Hoje entrou em contato com a empresa de placas citadas pelo motoboy e aguarda um posicionamento.