As vítimas registraram os fatos em maio de 2022 e, desde então, as investigações foram conduzidas pela Delegacia Especializada em Investigação à Violência Sexual. O massagista, conhecido como Henrique Natureza, aguarda o andamento do processo em liberdade.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Cristiana Angelini, alguns fatos aconteceram em 2020, o que não impediu o indiciamento. “Mesmo com fatos acontecidos há dois anos, foi possível produzir provas suficientes para o indiciamento do suspeito. Importante lembrar que o crime de importunação sexual foi incluído no Código Penal em 2018, portanto, para fatos anteriores a 2018, aplica-se a lei de contravenção penal.”

Segundo relato de uma das vítimas à Polícia Militar, ela conheceu o suspeito por meio das redes sociais. Percebendo que se tratava de uma influencer, o massagista imediatamente ofereceu um pacote de serviços, no qual ela teria que divulgar os serviços dele. Em troca, a mulher receberia um procedimento denominado de "pump", que consiste, segundo o depoimento da vítima, em "levantar o bumbum".

Ela então informou que não estaria interessada nesse tipo de trabalho, e que na verdade iria preferir o serviço de massagens na região da barriga, e que, inclusive, pagaria por isso. No entanto, ela foi convencida a aceitar o “pump”, ofertado de maneira gratuita pelo suposto massagista.

A vítima compareceu à clínica na data marcada para iniciar o procedimento e, durante a sessão, percebeu que o massagista passava as mãos em suas partes íntimas de maneira agressiva. Quando ele tentou repetir o mesmo movimento, ela reclamou e ele parou.

De acordo com o boletim de ocorrência, “a declarante ressaltou que após o procedimento passou a sentir dores nas partes íntimas devido à violência sofrida”. No mesmo documento, uma segunda vítima declarou que o homem passou quantidade exagerada de óleo e durante a massagem introduziu o dedo na vagina dela.


Fonte: Ascom PCMG