No intervalo do jogo o Ten Tafuri que comandava o policiamento conversou com o atleta e o juiz.

O jogo da União Recreativa dos Trabalhadores contra o Villa Nova em Patos de Minas neste domingo (22) não terminou com festa. E não foi por só causa do resultado. O jogador Júnior Paraíba disse que o árbitro da partida o chamou de macaco.

O fato teria acontecido no finalzinho do primeiro tempo após o atleta fazer falta no adversário e o árbitro da Federação Mineira de Futebol Ronei Cândido Alves apitar a infração. A falta foi batida e o árbitro apitou o final da primeira etapa, quando o atleta informou sobre o fato.

Outros jogadores foram em defesa do companheiro. Os atletas reclamaram que estavam sendo xingados por Ronei dentro de campo e falaram da falta de educação do juiz. O jogador levou o fato à PM na mesma hora e disse que registraria a ocorrência.

O Ten Tafuri, que comandava o policiamento no estádio, conversou com o jogador que confirmou a acusação do atleta, o que configuraria o crime de injúria racial, algo totalmente inaceitável nos dias de hoje. No entanto, o policial também conversou com o árbitro que negou totalmente a ofensa.

O presidente da URT, Roberto Túlio Miranda, lamentou o fato e disse que o clube vai oferecer todo apoio jurídico ao atleta. Eles estão estudando o caso para ver se o jogador oficializa a acusação. No entanto, Roberto salientou que a decisão é do próprio Júnior Paraíba.

E teve mais polêmica. Parte da torcida se revoltou ao final da partida e houve muita confusão no estádio. A polícia atirou gás de pimenta. Uma garota teve um ferimento na perna, que os torcedores alegam ter sido provocado por um disparo de bala de borracha. Cerca de seis pessoas acabaram sendo conduzidas até a delegacia.

Autor: Maurício Rocha