Quem passa pela Avenida Paracatu pode notar um Ipê enorme totalmente florido. (Foto: José Eduardo)
Começou no início da semana a estação que para muitos é a mais bela do ano. Marcada pelas flores, a primavera em Patos de Minas está chamando a atenção. Quem passa pela Avenida Paracatu pode notar um Ipê enorme totalmente florido. Deslumbrados pela beleza, muitos param para apreciar a exuberância da árvore.

O que acarreta as estações do ano é o movimento de translação (deslocamento da Terra em torno do Sol), juntamente com a inclinação do eixo terrestre em 23°27’ em relação ao plano orbital, variando a energia solar que a superfície terrestre recebe. Assim, a primavera, verão, outono e inverno dependem da posição da terra em relação ao sol. Neste período, a posição do sol privilegia o florescimento da flora, proporcionando imagens como esta.

A estação das flores, como é chamada a primavera, teve início no dia 23 de setembro e vai até o dia 21 de dezembro. É um período em que a natureza fica mais bela e representa também mais vida. A função do florescimento é a reprodução de muitas espécies de árvores e plantas. No caso dos ipês, temas de várias canções, poemas e telas, a época é totalmente propícia e o florecimento deslumbra os moradores da cidade, que está a cada dia menos arborizada.

Com relação a mudanças climáticas, é um período em que as temperaturas vão, aos poucos, aumentando, como as pessoas já podem ter notado nos últimos dias. As temperaturas, em grande parte dos países do hemisfério sul, ficam amenas. Mas em Patos de Minas, o calor com temperatura máxima de 32°, deve predominar nesta sexta-feira (27). A chuva pode vir no sábado e no domingo e continuar na próxima semana.

Admirado pela beleza dos ipês, o professor José Eduardo de Oliveira compôs um poema, retratando a beleza natural das ávores em contraste com a artificialidade das avenidas.

Os ipês não ladram


Nem tudo está perdido

ainda restam os ipês febris

nestas avenidas sórdidas

e amargas

Ainda restam os ipês

silenciosos

que teimam em florir

todos  os anos

mesmo

que estejamos

sóbrios

e ignoremos

a sombra de cada pétala

que morre sob

nossos pés

inclementes

e solitários.

set. 2013

José Eduardo de Oliveira

Autor: Farley Rocha