Em resposta ao Patos Hoje, a Fundação Hospitalar de Minas Gerais informou que espera recompor as vagas dos cerca de 30 servidores do Hospital Regional de Patos de Minas que foram demitidos em processo administrativo. Cerca de 25 profissionais dispensados são médicos contratados ou efetivos e muitos deles já não estavam mais na unidade.

Como havia informado o Patos Hoje, a demissão dos servidores foi publicada na edição desta sexta-feira (10) do Diário Oficial do Estado. No processo administrativo aberto após denúncia do Ministério Público, o procurador-geral do Estado, Rodrigo Fontenelle de Araújo Miranda”, considerou que que os servidores violaram o disposto no artigo 250, incisos II e V, da Lei Estadual n. 869/1952 e decidiu converter o ato de desligamento em penalidade de demissão dos servidores.

Na nota, a Fhemig explica como se deu o processo administrativo. “A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informa que desde 2016 foi aberto processo administrativo para apurar irregularidades de agentes públicos no Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), denunciados pelo Ministério Público por descumprimento de jornada de trabalho, exercendo, assim, os princípios de transparência, moralidade e legalidade do serviço público”, esclareceu.

A Fundação também esclareceu que os servidores demitidos ainda podem recorrer. “Após conclusão dos processos administrativos disciplinares e alinhados com a Controladoria-Geral do Estado (CGE), foi aplicada a demissão a bem do serviço público aos profissionais. Cabe prazo de 10 dias para recurso legal àqueles que queiram apresentar pedido de reconsideração”.

Por fim, a Fundação Hospitalar de Minas informou que está trabalhando para recompor o quadro de servidores no Hospital Regional Antônio Dias para garantir o atendimento à população. O HARD é referência para 33 município da região.

“A Fhemig está com processo seletivo simplificado aberto para reposição desses profissionais e já acionou o Consórcio Intermunicipal de Saúde para preencher as escalas minimizando o impacto assistencial temporariamente ao usuário”, concluiu.

Os profissionais demitidos se sentem injustiçados. Eles alegaram que essa forma de trabalho foi definida em comum acordo com a direção do Hospital Regional Antônio Dias na época. Diante da falta de profissionais para cobrir os plantões, eles se propuseram a cobrir as escalas, mas desde que não fossem obrigados a permanecerem dentro do hospital e ficassem apenas de sobreaviso para os casos de emergência.