Tradicionalmente, 06 de janeiro é o dia escolhido pelos brasileiros para retirar os enfeites de Natal de suas casas e lojas. Segundo o catolicismo, a data marca a Festa dos Santos Reis, que comemora a visita e a entrega de presentes dos Três Reis Magos ao recém-nascido Menino Jesus. Dessa forma, na Igreja, se encerra o tempo de Natal e se inicia o Tempo Comum.

Por esse motivo, a quarta-feira (6) foi dia de recolher a decoração de Natal na casa de Oslânia Aparecida Amaral Pereira, no Bairro Jardim Andradas, em Patos de Minas. Todos os anos, a família de Oslânia monta um grande presépio na entrada da residência. A estrutura conta com a cabana do Menino Jesus, além de imagens de Maria, José, dos pastores e dos animais, cercadas por muitas luzes. A decoração chama a atenção e pode ser vista por todos que passam pela rua.

Normalmente, os enfeites ficam expostos até a Festa de Reis, quando a casa costuma receber os foliões para cantarem antes do ritual de desmonte do presépio. Porém, com a pandemia de Covid-19, a dona de casa optou por simplificar a celebração e realizou um terço com alguns familiares.

“Como neste ano não podemos ter aglomeração, decidimos rezar um terço e cantar versos, só com alguns familiares, para não deixarmos passar em branco”, contou Oslânia, que também destacou a importância de se ter cuidado na retirada da decoração. “Não podemos desmontar de qualquer jeito, para podermos utilizar tudo de novo no ano que vem”.

Em um tempo de preocupação com o novo coronavírus, o presépio contou com algumas peças diferentes nesse Natal: placas contendo palavras como “amor”, “paz” e “esperança” foram posicionadas ao redor das imagens. Segundo Oslânia, as placas foram colocadas para dar esperança às pessoas que veem a decoração.

“A mensagem que eu deixo é que a gente ame ao próximo. Temos tantas coisas para relevar na vida, e cada placa pode simbolizar algo que uma pessoa que passa na rua está precisando”, explicou. “Eu queria que todo mundo tivesse um pouco de amor, de paz, de gratidão e de esperança nesse tempo difícil de pandemia”.