A polêmica envolvendo a municipalização de três escolas estaduais ganhou mais um capítulo em Patos de Minas. A câmara municipal realizou uma reunião no final da tarde dessa segunda-feira (04) para discutir sobre a proposta. Além dos vereadores, o prefeito Luís Eduardo Falcão, o superintendente de ensino Carlos Coimbra e alguns professores estiveram na câmara.

O projeto de municipalização prevê o repasse de verbas para três escolas. E.E Cônego Getúlio, E.E Monsenhor Fleury e E.E Professor Modesto. Em um primeiro momento, a proposta de repasse era de R$50 milhões, mas após articulação do Vereador Vitor Porto, o valor subiu para R$65 milhões. De acordo com o parlamentar, o projeto será de extrema relevância para o município.


Em um panorama geral, os professores efetivos do estado poderão escolher se continuam com o estado e são remanejados para outras escolas ou se realizam um novo concurso para continuarem atuando na mesma escola só que aos cuidados do município. Além disso, o projeto prevê um repasse único de R$65 milhões divididos em três parcelas sendo a primeira em novembro deste ano, a segunda em janeiro e a terceira em abril de 2023.

Segundo o superintendente regional de ensino, Carlos Coimbra, a municipalização das escolas estaduais nada afetará os servidores uma vez que a maioria é efetivo tanto do município quanto do estado. Ele ressaltou ainda que a verba será empregada na reforma e melhoria das escolas. Carlos ainda disse que o ensino municipal nada perde para o ensino estadual e que o foco é o aluno.


Quem não está nada satisfeito com o projeto é o coordenador do Sind-UTE, Ricardo Barreto. Segundo ele, a municipalização vai afetar muitos servidores com uma demissão em massa. Ricardo e alguns professores levaram faixas e deixaram claro que são contra o projeto. Segundo o presidente da Câmara Municipal, Ezequiel Macedo, a reunião foi apenas para discussão, ainda não há um projeto de lei na casa legislativa para ser apreciado pelos parlamentares.