Uma clínica de depilação a laser em Patos de Minas foi obrigada pela justiça a pagar mais de R$15 mil a uma advogada patense. A paciente ficou com diversas queimaduras após uma sessão de depilação a laser. Ela teve que procurar um médico para se recuperar dos danos. A justiça decidiu que a clínica causou danos morais e danos estéticos à advogada. A empresa ainda teve que devolver o valor pago pelo serviço.

O caso aconteceu em 2020, mas o resultado do processo só foi concluído neste mês de maio. Ao realizar a terceira sessão de depilação a laser, em 11 de agosto de 2020, de acordo com a paciente, a esteticista não se atentou à potência do laser e causou queimaduras nos dois braços dela. Diversas manchas ficaram em seu corpo.

De acordo com a sentença, primeiro, a clínica disse que era normal as queimaduras e foram indicadas pomadas para tratar as manchas, orientando que não era necessário procurar um médico. No entanto, a paciente procurou o médico que lhe indicou diversos medicamentos para se recuperar. A advogada chegou a tentar uma solução amigável, mas não teve jeito, sendo obrigada a buscar a justiça.

Em defesa, a clínica disse que o procedimento seria de risco e que a paciente estava ciente e havia consentido. No entanto, o juiz decidiu que as queimaduras explícitas nos braços da requerente demonstraram defeito na prestação do serviço da empresa, decorrentes da aplicação de laser em potência maior do que deveria na região.

A clínica foi condenada a pagar R$5 mil por danos morais, outros R$5 mil por danos estéticos e a devolver os R$1.524,00 que a paciente havia pagado pelo plano de depilação a laser. A empresa situada na Rua Major Gote, Centro de Patos de Minas, ainda recorreu, mas o recurso não foi conhecido em 2ª instância. Para finalizar o processo, a clínica teve que pagar um valor total de R$15.396,72, incluindo honorários advocatícios.