As lavouras de café do Cerrado de Minas Gerais, nos municípios do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste, apresentaram em 2008 a maior produtividade do país. A informação faz parte do último levantamento da safra brasileira de café, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o estudo, a produtividade dos cafezais do Cerrado foi de 28,6 sacas de café beneficiado por hectare. A média do Estado ficou em 22,5 sacas por hectare.

A produtividade do Cerrado também supera a média do todos os outros estados produtores, como Espírito Santo (20,9 sacas/ha) São Paulo (23,5 sacas/ha), Paraná (26,9 sacas/ha), Bahia (17,1 sacas/ha) e Rondônia (12,0 sacas/ha). A média nacional ficou em 21,2 sacas de café beneficiado por hectare.

O Cerrado concentra a maior área de café irrigado de Minas Gerais. A tecnologia é a principal responsável pela produtividade elevada. “A região também é a que mais utilizada a colheita mecanizada, favorecida pela topografia plana”, explica o assessor da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Wilson Lasmar”. A estimativa é de que mais da metade da colheita na região seja feita com máquinas.

Wilson Lasmar também lembra que o café da região foi o primeiro a obter certificação de origem do produto. A produção de café do Cerrado mineiro este ano foi de 4,5 milhões de sacas. O número corresponde a 17,6% da safra estadual, que foi de 23,6 milhões de sacas. Minas Gerais responde por metade da safra nacional de café.

O maior produtor

O Cerrado de Minas Gerais também abriga o maior produtor estadual de café. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Patrocínio, no Alto Paranaíba, detém o título com uma produção de 672 mil sacas de café. Os cafezais no município ocupam 29 mil hectares. Em segundo lugar na lista, aparece o município de Monte Carmelo, também no Alto Paranaíba, com uma produção de 432 mil sacas e uma área de 13,5 mil hectares.