Há exatamente um ano, o Patos Hoje denunciou uma cachoeira de esgoto que desaguava no Rio Paranaíba. O grande volume de dejetos, o enorme mau cheiro e evidente poluição das águas chamava a atenção e era motivo de reclamação também dos pescadores que frequentavam o rio.

Na época, a Copasa informou que várias frentes de trabalho atuavam na ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Patos de Minas. A Companhia explicou, no entanto, que era necessário construir uma elevatória nas imediações dos bairros Barreiro e Santa Helena para solucionar o problema e que a obra dependia de regularização fundiária.

Nessa segunda-feira (06), quase um ano depois, o secretário do Codema, Ivanildo Alves, voltou ao local e descobriu que pouca coisa mudou. O esgoto continua escorrendo em meio à vegetação e desaguando no Rio Paranaíba, sem nenhum tipo de tratamento.

“Infelizmente isso aqui é uma afronta ao município, às pessoas que pagam a taxa da Copasa, de coleta e de tratamento de esgoto”, disse Ivanildo. Ele ressaltou o grande volume de esgoto que vem sendo despejado naquele trecho do Rio Paranaíba e cobrou uma solução. “Espero voltar daqui a seis meses e não ver mais essa situação”, disse.

Em nota, a Copasa informou que iniciou a operação da elevatória 7 em dezembro de 2021, coletando e encaminhando 80% do esgoto do bairro Barreiro para a Estação de Tratamento. “Os outros 20% encontram-se em áreas de regularização, portanto, a empresa não tem autorização de adentrar a região até que ocorra liberação por parte da Justiça. Serão construídos cerca de 700 metros de uma nova rede interceptora no local tão logo seja permitido o acesso à área. A companhia ressalta que tem mantido contato com os órgãos judiciais, mas até o momento não recebeu parecer favorável para execução das intervenções”, informou a Companhia.