Sede da Copasa em Patos de Minas.

Há exatos 11 anos os consumidores patenses recebiam os primeiros talões de água com a inclusão da tarifa de esgoto. O contrato assinado no final de 2008 começou a vigorar em 2009 e o preço do acordo entre a Prefeitura, o Governo do Estado e a Copasa chegou para a população em julho daquele ano. A promessa era de que a Companhia faria alto investimento para coletar e tratar o esgoto, mas os anos seguintes foram marcados por queixas e muitas polêmicas.

A Companhia não cumpriu quase nenhum dos prazos estabelecidos para a execução das obras necessárias para o tratamento do esgoto em Patos de Minas. A construção de elevatórias e a da própria Estação de Tratamento de Esgoto se transformou em uma grande novela. O contrato acabou se tornando alvo de ações na Justiça, a mais conhecida delas uma Ação Civil Pública com mais de 10 mil proponentes.

A Copasa chegou a ficar um mês sem cobrar a tarifa de esgoto por determinação da Justiça, mas conseguiu reverter em segunda instância. A ação continua tramitando em meio a outras ações movidas pelo Ministério Público. A Companhia é alvo de denúncias, por falhas no tratamento do esgoto, o que causa a poluição do meio ambiente, principalmente do Rio Paranaíba.

Em 2018, a Companhia reconheceu o erro e chegou a propor a devolução de R$ 16,8 milhões para os consumidores, ao mesmo tempo em que faria um aumento da conta. O Prefeito José Eustáquio fez uma contraproposta pedindo que pedia a devolução do dinheiro cobrado dos contribuintes por nove anos, tempo em que cobrou a tarifa sem fazer o tratamento do esgoto.

O tempo passou e a Copasa sequer apresentou uma resposta oficial. Onze anos se passaram e os consumidores continuam pagando a conta, sem ter a quem recorrer. Por isso, nessa terça-feira (28) o Patos Hoje vai promover um debate para falar sobre a situação da Copasa em Patos de Minas. O Programa Contraponto, a partir das 17h30, vai relembrar os fatos que marcaram os últimos anos da Companhia na cidade.

E o Patos Hoje quer saber: