O trabalho de conscientização, aliado ao avanço da tecnologia, tem feito reduzir o número de trotes ao Corpo de Bombeiros. Mas a brincadeira de mau gosto continua causando transtornos e prejudicando o atendimento à população. Para se ter uma ideia, somente de janeiro a maio deste ano, o número 193 registrou 103 trotes.
O Corpo de Bombeiros é preparado para salvar vidas. Seja na terra, na água ou no fogo, se tem alguém em perigo, lá estão eles enfrentando as adversidades para socorrer as vítimas. O resultado do esforço, no entanto, depende da agilidade do atendimento. Por isso, o número 193 deve estar sempre disponível para atender os chamados.
O trote, além de por em risco o trabalho do Corpo de Bombeiros, também causam prejuízos. Para se ter uma ideia, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais registrou 2.704 deslocamentos para atendimento de ocorrência em que "nada constatado", ou seja, quando a corporação chega ao local e não encontra a ocorrência solicitada.
A assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros informou que não tem como medir, mas destacou que dentro dessas chamadas pode haver situações de trote, o que tornaria a situação ainda mais séria pois houve deslocamento de uma equipe.
Outro serviço que sofre com os trotes é o Samu. De acordo com técnicos do Ministério da Saúde, as falsas chamadas ocupam as linhas telefônicas sem necessidade, causando atrasos no serviço e fazendo com que um atendimento prioritário deixe de ser feito com a devida rapidez, podendo levar à morte de um paciente.
O maior número de trotes é feito por crianças. Em época de férias, as falsas chamadas aumentam ainda mais. Os pais devem orientar os filhos e ficar atentos para reduzir os transtornos causados pelos trotes.
