Os relatórios das inconformidades serão encaminhados também às respectivas administrações municipais.

Equipes da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) que participaram da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), realizada na região Noroeste de Minas Gerais na semana de 25 a 30 de novembro, constataram a presença de coliformes fecais na água utilizada pelo Hospital Municipal de Lagoa Grande (MG).

O hospital utiliza água retirada de um poço tubular, apesar de existir rede de distribuição de água nas imediações. A presença de coliformes fecais indica que, no momento em que a coleta ocorreu, a água do hospital estava contaminada por patógenos (bactérias e/ou vírus) que podem causar doenças como febre tifóide, gastroenterite viral e bacteriana e hepatite A.

“O resultado da análise feita pela equipe da Funasa preocupou-nos, porque a presença de coliformes fecais sinaliza um risco potencial para a saúde das pessoas expostas a essa água”, afirma o promotor de Justiça Daniel Piovanelli, um dos coordenadores da FPI Minas. “A situação também chama a atenção, diante da evidência de que o hospital poderia utilizar água potável fornecida pela Copasa, mas prefere utilizar água retirada de um poço tubular”.

Ele explica que o resultado das análises será encaminhado à Promotoria de Justiça da Comarca de Presidente Olegário, órgão com atribuição para a tomada de providências com relação ao assunto.

Inconformidades

Outros seis municípios da região também tiveram amostras de água analisadas durante os trabalhos da FPI Minas. A equipe da Funasa coletou amostras em locais considerados pontos críticos, como hospitais, escolas, creches e nos pontos de saída da água nas respectivas estações de tratamento.

As amostras coletadas eram imediatamente examinadas em uma unidade móvel de apoio ao Controle da Qualidade da Água, que funciona como um laboratório volante. Nos municípios de Guarda-Mor e Presidente Olegário, as amostras coletadas não apresentaram qualquer inconformidade.

Em Lagamar e Vazante, a água também está própria para consumo, com observação apenas de que a cor aparente da água coletada em alguns pontos está no limite de 15 uH (Unidades Hazen-parâmetro que mede a coloração da água), da Portaria nº 5, de 3/10/2017,  do Ministério da Saúde.

Em João Pinheiro, a água do Hospital M.A. Carneiro apresentou cor aparente de 20uH, e, em Buritizeiro, a água consumida pela Escola Professora Sílvia de Alencar apresentou turbidez de 6,57 UT (Unidade de Turbidez), pouco acima do padrão, que é de 5,0 UT.

"Cor aparente está relacionada com a presença de substâncias dissolvidas na água, resultando no grau de coloração da mesma. Já turbidez é a característica que comprova a presença de partículas em suspensão, resultando em um aspecto turvo", explica a técnica em Química da Funasa, Cleusa Batista Gomes, responsável pela análise das amostras durante a FPI.

Os relatórios das inconformidades serão encaminhados também às respectivas administrações municipais.

Fonte: Assessoria de Comunicação - FPI