Se depender do Conselho Estadual da Saúde, a proposta do Governo de Minas de terceirizar a gestão dos hospitais regionais da Fhemig não será concretizada. Em reunião em praça pública nessa terça-feira (15), os conselheiros rejeitaram a ideia e apontaram uma série de desvantagens na implantação das chamadas Organizações Sociais – OS.

Segundo Pedro Cunha, representante de Patos de Minas no Conselho Estadual de Saúde, estudos mostram que a terceirização da gestão hospitalar deixou saldo negativo nos lugares em que foi implantada. Ele citou como exemplo os hospitais do Rio de Janeiro que enfrentaram grave crise no tempo em que eram geridos por organizações sociais.

Em nota enviada à imprensa esta semana, o Governo do Estado afirma que a proposta não trata de privatização das unidades, mas sim de um contrato de gestão embasado na lei estadual nº 23.081, de 2018, em que os direitos dos servidores da Fhemig e dos usuários do SUS seriam mantidos integralmente. A nota diz ainda que existe um estudo em andamento para definir a viabilidade deste modelo, visando à melhoria da assistência aos usuários do SUS, além do uso sustentável dos recursos públicos.

Além do Conselho Estadual de Saúde, em Patos de Minas a Câmara Municipal e os funcionários da saúde também se posicionaram contrários a proposta de terceirização da gestão do Hospital Regional. Em entrevista ao Patos Hoje, Pedro Cunha explicou os motivos que o levaram a votar contra a medida.