A casa dele localizada na zona rural funcionava como um depósito e guardava cerca de 10 mil litros da bebida.

Um comerciante de São Gonçalo do Abaeté foi conduzido para a Delegacia da Polícia Civil de Patos de Minas acusado de usar etanol para fabricar cachaça. A casa dele localizada na zona rural funcionava como um depósito e guardava cerca de 10 mil litros da bebida. Duas crianças foram encontradas trabalhando no local. Ele nega o uso de etanol e afirma que a cachaça é de boa qualidade.

Os policiais militares chegaram ao local através de denúncias anônimas. A informação era de que o comerciante estaria comprando álcool de um caminhão tanque e utilizando crianças para fabricar cachaça. Os policiais passaram a monitorar a residência. O suposto caminhão com etanol não foi visto no local, mas os policiais constataram que havia dois garotos, um de 11 anos e outro de 13 anos, trabalhando no engarrafamento de cachaça.

Os policiais entraram no local e encontraram diversos materiais para engarrafar, tampar, lacrar e rotular bebidas fabricadas no local. As mães dos dois garotos sabiam da atividade dos filhos e informaram que eles receberiam R$ 20,00 por dia para engarrafar 1.500 litros de bebida. O Conselho Tutelar foi acionado, assim como o Instituto Mineiro de Agropecuária para inspecionar o local.

O comerciante Jorge Luiz Souza foi preso em flagrante por corrupção de menores e trabalho infantil em condições insalubres. Ele disse que dava serviço para os garotos para ajuda-los uma vez que a localidade é bastante pobre. Ele também negou que usa etanol para fabricar cachaça. Ele disse que compra a bebida de alambique e que apenas engarrafa para vender na região.

A Polícia Militar coletou amostras da cachaça que era vendida pelo comerciante e encaminhou para a Polícia Civil para que seja feita a perícia. Cerca de 10 mil litros de cachaça e aproximadamente 3 mil garrafas pet vazias permaneceram no local. O caso vai continuar sendo investigado.