Os pesquisadores da UFU entenderam que o estudo do Câncer de Mama necessitava de novas estratégias.

Um grupo de pesquisa do Laboratório de Genética e Biotecnologia da Universidade Federal de Uberlândia – Campos Patos de Minas – vem conseguindo avanços importantes para o diagnóstico e tratamento do câncer. Formado por uma técnica de laboratório, alunos de Iniciação Científica do curso de Biotecnologia e alunos de mestrado e doutorado, o grupo busca novos mercados moleculares e acompanha pacientes para um novo desenvolvimento de estratégia terapêutica.

O câncer de mama é um dos que mais matam no mundo. Os sintomas são tardios e é necessário o diagnóstico precoce para a cura. É um problema de saúde pública, com um número crescente de pacientes e 20 milhões de novos casos esperados para 2025, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Essa doença apresenta diferentes subtipos, de forma que sua evolução depende diretamente das características do tumor.

Por causa dessa complexidade, os pesquisadores da UFU entenderam que o estudo do Câncer de Mama necessitava de novas estratégias, tanto para sua identificação quanto para informar ao médico quais as peculiaridades existentes, para que assim seja definida a melhor terapia. Além disso, entender essa doença também se torna particularmente interessante.

“Os avanços da biologia molecular e de técnicas mais sofisticadas permitiram que genes e seus produtos fossem estudados para melhor compreensão das mais diversas patologias, incluindo o câncer. A extração, amplificação e manipulação de porções do material genético permitiu o desenvolvimento da técnica do DNA recombinante, uma das linhas de pesquisas desenvolvidas na Universidade Federal de Uberlândia – campus Patos de Minas”, explicou a doutora Thaise Gonçalves de Araújo.

A coordenadora do grupo de pesquisa explicou que os resultados alcançados pelo estudo “Oncologia Molecular: A Engenharia Genética no Estudo do Câncer de Mama” realizado em Patos de Minas abre caminhos promissores para o diagnóstico e tratamento do Câncer de Mama.

“A complexidade dessa doença exige diferentes enfoques e, no nosso grupo, buscamos novos marcadores moleculares para o diagnóstico e acompanhamento das pacientes e para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. Além disso, estudamos os mecanismos celulares envolvidos na tumorigênese para assim, melhor compreender a doença. Portanto, procuramos associar pesquisa básica e aplicada e técnicas de engenharia genética, associadas à cultura de células têm auxiliado nessa busca. O trabalho conjunto tem garantido excelentes resultados e aberto caminhos promissores para novas pesquisas, o que evidencia a dinamicidade da ciência e a desafio dos estudos sobre a doença”, concluiu Taise.