Ericson Santos Gonçalves, 34 anos, foi preso por ordem judicial.

A Polícia Civil prendeu na manhã desta quinta-feira (05) o acusado de tentar matar a filha da ex-companheira dentro de padaria em Patos de Minas. Ericson Santos Gonçalves, 34 anos, foi preso por ordem judicial. Câmeras do comércio o flagraram disparando diversas vezes contra a jovem que só não foi atingida fatalmente porque se escondeu atrás do balcão do comércio.

De acordo com o Delegado de Homicídios, Érico Rodovalho, a prisão aconteceu em cumprimento de mandado de prisão preventiva. Ele foi acusado de tentativa de homicídio contra Laís Cristina de Andrade, no dia 14 de novembro, em uma padaria no Bairro Cristo Redentor.

O delegado informou que, após a instauração do inquérito policial, ficou demonstrada a autoria e materialidade dos fatos, sendo que a Delegacia de Crimes Contra a Pessoa representou pela prisão preventiva para resguardar a vida das vítimas. Após a prisão, Ericson será encaminhado para o Presídio Sebastião Satiro, ficando à disposição do Poder Judiciário.

O crime

De acordo com informações da Polícia Militar, no dia do crime, Laís disse que estava trabalhando na padaria de propriedade de sua mãe, Neusa Maria de Andrade, 55 anos, quando Ericson, ex-companheiro de Neusa, chegou e efetuou disparos de arma de fogo contra ela. O Samu foi rapidamente acionado e prestou o imediato socorro à vítima que sentia fortes dores e dormência pelos membros.

Laís informou que, em data anterior, Ericson já havia feito ameaças verbais contra ela, dizendo que se fosse vingar de sua mãe iria matar uma de suas filhas. Testemunhas informaram que Ericson fugiu em uma motocicleta semelhante a uma NXR 300 de cor preta, saindo pela rua Pernambuco sentido Av. Arlindo Porto. Os policiais fizeram rastreamentos, no entanto ele não foi encontrado até o momento.

Neusa relatou para os policiais que manteve união estável com Ericson por mais de dez anos e que haviam se separado há cerca de quinze dias fazendo uma partilha de bens, contudo, contrariado, ele foi até sua padaria para discutir a partilha, tendo inclusive feito acusações contra ela de que teria lhe furtado uma caminhonete, configurando o crime de calúnia. No dia, ele teria entrado na padaria e ido direto para os fundos, onde ficam os fornos.

Lá, ficou cobrando dela alguns bens e discutindo a relação, sendo que ela respondeu que à tarde iriam conversar. Nesse momento, segundo Neusa, Ericson saiu da cozinha e foi para a recepção da padaria, quando ouviu cerca de cinco disparos de arma de fogo e chegando no local deparou com sua filha baleada caída ao solo. Uma testemunha presencial dos fatos relatou que chegou à padaria e ficou próximo ao caixa aguardando ser atendido, quando viu Ericson próximo ao balcão.

O rapaz continuou relatando que Laís atendia uma cliente e então foi surpreendida com um disparo de arma de fogo efetuado por Ericson, o qual se aproximou do balcão e efetuou cerca de cinco disparos contra Laís, tendo o autor fugido logo em seguida. Os parentes da vítima que estavam no local imediatamente informaram possíveis lugares do atirador, os quais foram verificados pelas viaturas do turno, porém até o momento não foi localizado.

O marido da vítima informou que a relação de sua sogra com Ericson era conflituosa e que ele a agredia, porém ela não fazia registro dos fatos. Narrou ainda que ele passou a fazer ameaças contra sua esposa Laís e sua sogra, tendo então gravado tais ameaças. A gravação será levada  para a autoridade policial. Em consulta ao sistema informatizado, os policiais verificaram uma ocorrência envolvendo a vítima e Ericson.

Laís sofreu cinco perfurações, sendo uma perfuração no braço esquerdo, na altura do peito, outra no pé direito próximo ao calcanhar e outras três perfurações na coxa da perna esquerda, sendo retirados dois fragmentos de munição de seu corpo. Imagens das câmeras de segurança foram anexadas ao procedimento. A perícia técnica da Polícia Civil recolheu fragmentos dos projéteis, o que indicam ser de um revólver calibre .38.