Os moradores do bairro Jardim Paulistano e Cidade Nova, em Patos de Minas, continuam sofrendo com a perturbação do sossego causada nas imediações das casas de prostituição. Recentemente, eles afixaram faixas nos postes ameaçando divulgar a placa dos carros dos frequentadores dos estabelecimentos. Segundo eles, a principal reclamação é a perturbação que acontece na rua e não dentro das casas.
Não é de hoje que os moradores vêm pedindo socorro às autoridades patenses. Inconformados com o descaso, eles resolveram afixar faixas em vários pontos dos bairros. Elas possuem os seguintes dizeres: “Ao entrar neste bairro você está sendo monitorado. Usuários do comércio de prostituição terão veículos e placas divulgados em redes sociais. Rede de vizinhos protegidos”. Essa medida chamou a atenção de toda a região e viralizou nas redes sociais. Foram dezenas de milhares de visualizações, comentários e compartilhamentos nas redes sociais. A reportagem do Patos Hoje contabilizou mais de 51 mil visualizações e centenas de comentários.
O Patos Hoje voltou ao bairro nessa semana e verificou as faixas. Elas foram afixadas em locais de fácil visualização, para que ninguém fique sem o alerta. A principal reclamação dos moradores é sobre a gritaria e a algazarra que acontecem na rua. O problema está tirando o sono deles. Com medo de represálias, eles preferiram não se identificar, mas disseram que uma atitude precisava ser tomada. “Nós temos crianças em casa e não podemos deixá-las saírem do portão para fora, nem durante o dia”, disse um morador.
Isso porque, segundo ele, durante todo o dia mulheres seminuas ficam nas portas das boates esperando por clientes. Os moradores contam que, durante a noite, a perturbação é ainda maior porque aparecem pessoas de outros cantos da cidade e ficam nas esquinas incomodando quem passa. “Nós não somos obrigados a conviver com essa perturbação dia e noite. Se eles não tirassem nosso sossego e não obstruíssem o nosso caminho, nada disso seria necessário”, disse um morador em relação às faixas.
A atitude dos moradores chamou a atenção e repercutiu em toda a região. A polêmica é porque a divulgação poderia infringir a legislação. Outra situação é que poderia haver erro na publicação, indicando profissionais ou até mesmo moradores da região como se fossem frequentadores dos estabelecimentos de prostiuição. Os moradores destacaram que a intenção mesmo é acabar com a perturbação do sossego e não ofender quem quer que seja.
