Vicente de Paulo Rodrigues de 35 anos sofreu um acidente quando saía de casa para ir ao trabalho.

A irmã de um paciente que está internado na Unidade de Pronto Atendimento entrou em contato com nossa equipe de reportagem para denunciar o descaso com a saúde pública em Patos de Minas. Valquíria disse que há mais de duas semanas eles aguardam uma transferência para o Hospital Regional e já foram orientados por um profissional do local a entrar na justiça para consegui-la.

De acordo com a cozinheira Valquíria Rodrigues Pereira, seu irmão Vicente de Paulo Rodrigues de 35 anos sofreu um acidente quando saía de casa para ir ao trabalho, a cerca de 17 dias. Devido ao acidente, ele sofreu uma grave fratura na perna direita e foi encaminhado à UPA. Desde então, ele está aguardando uma transferência para o Hospital Regional para que seja feita uma cirurgia de emergência.

Valquíria disse que essa espera está interminável e que nenhuma solução é apresentada a eles pelos profissionais de saúde. Segundo ela, uma médica chegou a falar para eles entrarem na justiça para conseguir a transferência. “O descaso é tanto que chegaram pessoas aqui bem depois da gente e já conseguiram a transferência. Uma das médicas aqui disse que o pessoal do Hospital Regional está selecionando os pacientes com cirurgias mais fáceis. Como a dele é complicada e de extrema emergência, eles não fazem”.

Segundo ela, Vicente possui filhos pequenos e precisa se recuperar o quanto antes para voltar ao trabalho. Ainda de acordo com ela, na perna de seu irmão já está aparecendo alguns caroços e a situação pode se agravar ainda mais caso ele não seja transferido mais rápido. Nós entramos em contato com a Superintendência Estadual de Saúde que enviou o seguinte esclarecimento: “A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) esclarece que, em conformidade à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não é possível divulgar dados pessoais provenientes do Sistema Estadual de Regulação Assistencial (SUSfácilMG). Em respeito à referida Lei, a SES-MG não pode disponibilizar qualquer dado individualizado, que diz respeito à privacidade do paciente.”