Todos os quarteirões foram pulverizados com o fumacê.

A situação epidêmica da dengue em Patos de Minas se mostrou ainda mais crítica nesta segunda-feira (18). Números atualizados subiram para quase 600 notificações de casos da doença. As confirmações também subiram. Os agentes municipais estão trabalhando de forma intensificada na cidade, mas sozinhos não conseguem reduzir os números.

De acordo com a coordenadora do Programa de Combate à Dengue em Patos de Minas, Daniele Cristine Nunes, até o início da tarde desta segunda foram contabilizados 571 notificações e 73 casos confirmados de doença. Na sexta-feira (15), eram 545 notificações e 63 casos confirmados da doença. Para Zika e Chikungunya, os números continuam os mesmos: 2 suspeitos de zika vírus e um confirmado e duas notificações para Chikungunya.

A coordenadora destacou que há casos chegando a todo momento e virou mesmo uma situação epidêmica. Segundo ela, vários bairros da cidade estão precisando de cuidados especiais como Nossa Senhora Aparecida, Nossa senhora das Graças, Caramuru, Ipanema, São Jose Operário, Laranjeiras e outros.

Um mutirão foi realizado no Nossa Senhora Aparecida com agentes e máquinas da Secretaria de Obras no fim de semana. Daniele informou que, como havia locais com muito entulho, foi preciso usar máquinas para fazer a coleta e limpeza. Um bloqueio no bairro foi providenciado. Ela explicou que, nesse caso, todos os quarteirões foram pulverizados com o fumacê.

Novas ações estão programadas para acontecer na Lagoinha e também no Bairro Nossa Senhora das Graças no próximo fim de semana. Ela informou que há atualmente 130 agentes de endemias trabalhando de forma intensificada no município, mas, apesar do número parecer grande, sozinhos não conseguem abranger todos os imóveis da cidade.

Ela pediu apoio da população para eliminar os locais que possam acumular água. A coordenadora destacou que geralmente os mosquitos botam os ovos nas bordas dos recipientes, devendo os moradores se atentarem para a vasilha da água do cão, sobre as guaritas das entradas das casas, nos recipientes que coletam água da chuva, bebedouros, calhas, geladeiras  e todos outros que possam ter o acúmulo.