Além dos diversos tipos de medicamentos e do dinheiro, foram apreendidos dois notebooks que estavam na casa e no consultório, um HD, tablete, pen drives, seringas e objetos para práticas sexuais.

O promotor de justiça, Paulo César de Freitas, o delegado de homicídios Érico Rodovalho e o delegado regional, Luiz Mauro Sampaio, explicaram no final da manhã desta segunda-feira (18) em coletiva com a imprensa, os motivos que levaram ao pedido de prisão do médico oftalmologista Daniel Tolentino. O mandado de prisão temporária e os mandados de busca e apreensão nos endereços atribuídos ao médico foram cumpridos nesta manhã.

O médico Daniel Tolentino foi a última pessoa a estar com Roberta Pacheco antes da dentista ser internada em estado de coma na madrugada do dia 05 de março. Os dois mantinham um relacionamento e estavam em um hotel próximo ao Terminal Rodoviário quando a jovem de 22 anos passou mal. Ela teve parada cardiorrespiratória e, após 12 dias de internação no Hospital Regional, acabou falecendo.

Para o delegado de homicídios, Érico Rodovalho, há indícios de um crime de homicídio. Para o promotor Paulo César de Freitas, o médico deve explicar o que ocorreu naquela fatídica madrugada. O telefone que pertence a Roberta ainda não foi localizado. De acordo com o promotor de justiça, a prisão temporária do médico é para possibilitar que as investigações sobre o caso sejam aprofundadas.

Embora existam indícios, o delegado Érico Rodovalho deixou claro que ainda não é possível afirmar que haja culpa do médico Daniel Tolentino ou mesmo que a morte da dentista foi um homicídio. “Nós não descartamos nenhum crime. Estamos investigando todas as condutas que pode chegar a algum tipo penal”, explicou o delegado. O promotor Paulo César de Feitas disse ter entendido que a prisão era imprescindível para as investigações em decorrência da suspeita de ocultação de provas. Veja a íntegra da entrevista!

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos no consultório do médico, no apartamento dele e na casa dos familiares, onde ele foi encontrado e preso. No apartamento do médico, os policiais encontraram diversos medicamentos que foram apreendidos. Se forem considerados ilícitos, Daniel Tolentino também pode ser preso em flagrante pela venda de medicamentos proibidos. Mais de R$ 21 mil em cheques e dinheiro, em moeda nacional e estrangeira, foram apreendidos.

Além dos diversos tipos de medicamentos e do dinheiro, foram apreendidos dois notebooks que estavam na casa e no consultório, um HD, tablet, pen drives, seringas e objetos para práticas sexuais. O caso continuará sendo investigado para descobrir a verdadeira causa da morte da jovem dentista Roberta Pacheco. A prisão de Daniel Tolentino é temporária, pelo prazo de 30 dias, podendo ser prorrogada por mais 30 dias.

O médico Daniel Tolentino ou a defesa dele ainda não se pronunciaram sobre as acusações.