Damião Soares dos Santos. ( Foto: O Tempo )

Morreu o vigia que ateou fogo nas crianças em creche em Janaúba, no Norte de Minas, nesta quinta-feira (5), segundo o prefeito da cidade, Carlos Isaildon Mendes (PSDB). Ele deu a informação à rádio Super Notícia nesta tarde.

Damião Soares dos Santos era funcionário efetivo da prefeitura desde 2008. Ele estava há três meses de férias e deveria ter voltado há dois dias. Nesta quinta, ele teria ido à creche para entregar um atestado médico.

Além do vigia e da professora, morreram quatro crianças com idades entre 4 e 6 anos e pelo menos 30 pessoas ficaram feridas.

Segundo o prefeito do município, Carlos Isaildon Mendes  (PSDB), o segurança nunca teve problema nenhum de comportamento e estava em período de férias.

"Nos últimos dois dias, ele faltou ao serviço. Quando retornou ao trabalho, acabou cometendo essa tragédia. Ele também não tem nenhum tipo de transtorno mental", afirmou o chefe do Executivo municipal.

Segundo o prefeito, toda a cidade e o governo do Estado estão mobilizados no atendimento às vítimas da tragédia.

"Tinham cerca de 30 crianças na creche na hora do fogo. Muitas delas foram para casa, mas estão retornando ao hospital por complicações causadas pela fumaça. Pode ser que o número de vítimas aumente", informou o prefeito de Janaúba.

Situação dos feridos

Onze crianças estão internadas na Fundação Hospitalar de Janaúba com de 30% a 90% do corpo queimado. Três delas serão transferidas para o Hospital de Montes Claros. Outras cinco podem ser transferidas para Belo Horizonte, devido à gravidade. Elas estão com mais de 85% dos corpos queimados. Ao todo são 15 crianças hospitalizadas, sendo que 11 estão em Janaúba e quatro no Hospital Regional de Betim.

"Segundo relatos, o vigia chegou até a creche, entrou na sala de aula com um líquido com suspeita de ser gasolina, jogou em todos e depois ateou fogo no próprio corpo e começou a abraçar todos que estavam no local", explicou o tenente Diego Silva Martins, de Janaúba. Ainda segundo a PM, o forro do teto da sala era de PVC, o que contribuiu para a propagação do fogo.

Fonte: O Tempo