Os usuários da via cobram respostas do poder público.

A tarde de segunda-feira (13) foi de protesto para os moradores da região de Baixadinha e usuários da chamada “Estrada da Serrinha”. Eles cobram explicações para a paralisação das obras de pavimentação do trecho que faz a ligação do Distrito Industrial III à BR 365. A previsão de investimento era de R$ 5 milhões.

A ordem de serviço foi assinada no dia 30 de junho de 2014. As obras tiveram início pouco depois e já deveriam estar prontas. Durante a solenidade, o prefeito Pedro Lucas e o então deputado federal José Humberto Soares afirmaram que os recursos estavam garantidos junto ao Governo Federal (R$ 3 milhões) e a Prefeitura (R$ 2 milhões).

Os usuários da estrada reclamam que as máquinas foram retiradas da obra no final do ano passado e desde então, o serviço paralisado vem sofrendo com a ação do tempo. O asfalto foi colocado em menos da metade do que era previsto. A outra parte estava com terraplanagem pronta, mas o trabalho terá que ser refeito.

Os usuários da via cobram respostas do poder público. Eles querem saber o motivo da paralisação e quando as obras serão retomadas. A pavimentação da estrada é essencial para o desenvolvimento da região e poderá beneficiar toda a cidade, já que vai evitar o trânsito de caminhões de carga pelas ruas da cidade.

Com a paralisação das obras, produtores de grãos e pecuaristas trocaram o entusiasmo pela dúvida. O produtor Rogério Grampees destacou a importância do asfalto para o escoamento da produção. O empresário Aguinaldo Ferreira Braga cobrou das autoridades mais agilidade na retomada das obras que está sendo danificada pela ação do tempo.

Para os moradores das imediações, a expectativa de mais conforto com a chegada do asfalto se transformou em motivo de preocupação e de mais transtorno. A dona Joana D’arc Santos Silva disse que está ficando trancada dentro de casa para amenizar a poeira exalada pela estrada. Eles cobram uma explicação das autoridades e a retomada imediata das obras.

De acordo com a Secretaria Municipal de Planejamento, Urbanismo e Desenvolvimento Econômico, a obra foi iniciada e paralisada devido à falta de repasse dos recursos pelo governo federal. Ela está estimada em R$3.171.226,00; desse valor R$250.273,00 correspondem à contrapartida do Município que já foi liberada. Do valor de R$2.920.925,00, que corresponde ao repasse do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foi liberado apenas R$740.317, 50.

Ressaltamos que o prefeito Pedro Lucas Rodrigues tem feito gestões junto ao Mapa e ao governo federal na busca da liberação dos recursos, mas até agora não há previsão de quando o dinheiro será liberado para o Município.

​Autor: Maurício Rocha