Ao final de mais uma noite matando pernilongos, moradores mostram os insetos caídos ao chão.

O Bairro Copacabana vive uma infestação de pernilongos sem precedentes. Sem se incomodar com armadilhas, inseticidas ou repelentes e muito menos receitas caseiras, eles chegam em nuvens e tiram o sossego dos moradores. O problema vem ocorrendo há alguns dias e se intensificou do final de semana para cá.  As crianças são as que mais sofrem.

O zumbido perturbador desses insetos é só um dos problemas. O pernilongo se alimenta de tecido humano e a picada para sugar o sangue provoca alergia e uma coceira sem fim. Se um único inseto desses é capaz de tirar o sossego, imagine quando eles chegam em centenas. É isso que tem acontecido no bairro Copacabana.

Os moradores tem se armado com repelentes, raquetes eletrônicas, inseticidas de diferentes tipos, mas nada tem surtido efeito. Os aparelhos inibidores de pernilongos ligados à tomada é como se não existissem. Espalhar inseticida pela casa resolve o problema apenas por alguns minutos, mas em pouco tempo eles voltam a invadir todos os cômodos da residência.

Não há receita caseira que dê jeito e fechar portas e janelas também não tem sido suficiente para conter a entrada dos pernilongos. Eles entram pelas frestas dos portais. Com o calor dos últimos dias, a situação tem se tornado insuportável. A única medida que tem contido em partes a infestação de pernilongos são os ventiladores.

“Pelo amor de Deus, aqui em casa está demais. Minha sinusite tá atacada de tanto usar Baygon. Mas não está tendo jeito”, reclama a moradora. Ao final de mais uma noite matando pernilongos, moradores mostram montanhas de insetos caídos ao chão. Eles pedem providências para resolver o problema.

O Programa Municipal de Combate a Dengue informou que a infestação de pernilongos está no Córrego que corta o bairro. A coordenadora do órgão, Sueli Maria informou que não pode usar o fumacê para conter os pernilongos porque isso causaria uma resistência no mosquito Aedes Aegypti. Ela afirmou também que não pode jogar larvicida no córrego, porque isso poderia ser visto como poluente para a água.

Questionada se poderia soltar peixes no Córrego para comer as larvas do mosquito, Sueli disse que os alevinos não sobreviveriam porque as águas do Córrego estão totalmente poluídas.