Passando pelo local é possível ver vários moradores de rua espalhados.

Comerciantes e moradores das imediações do Terminal Rodoviária e da Orla da Lagoa Grande estão indignados com o comportamento de moradores de rua e pedintes. Eles reclamam que a situação piorou muito neste início de ano e cobram providências das autoridades. Por outro lado, tem morador de rua alegando que está com dificuldades de conseguir passagem para ir embora.

Um comerciante que preferiu não se identificar disse que a situação se tornou insustentável esta semana. Segundo ele, uma moradora de rua invadiu o seu comércio para pedir esmolas e ao ser convidada a se retirar, sacou de uma faca e fez graves ameaças. Ele reclamou do desrespeito dos moradores de rua, que fazem suas necessidades fisiológicas no meio da rua, sem nenhuma preocupação.

O comerciante informou que já chegou a contar 16 moradores de rua apenas em uma das praças da Orla da Lagoa Grande. Ele disse que de um mês e meio para cá a situação se agravou. “Eu levanto seis horas da manhã para trabalhar e sou chamado de vagabundo por essas pessoas”, reclamou. Ele cobrou providências das autoridades e disse que, se nada for feito, terá que vender seu comércio.

Também instalado nas imediações da Lagoa Grande, Fernando Diniz, ex-presidente do Conselho de Segurança,  cobrou uma ação das autoridades. Ele disse que os moradores de rua passam o dia pedindo esmolas, coagindo as pessoas e incomodando os comerciantes das imediações.

Por outro lado, os moradores de rua alegam que estão com dificuldades de conseguir passagem. Josimar Teotônio dos Santos disse que precisou vir a Patos de Minas para se apresentar à Justiça e, como já havia passado pela cidade e beneficiado com passagem em menos de um ano, agora não consegue retornar para sua cidade. Ele diz que é de Monte Carmelo e que está há 15 dias morando nas ruas de Patos de Minas.

Os comerciantes querem que as autoridades tomem providências e adotem medidas para amenizar o problema. O secretário municipal de desenvolvimento social, Eurípedes Donizete, disse que a Prefeitura mantém uma equipe exclusiva para cuidar de moradores de rua. Ele disse que o problema não é de fácil solução, mas que o trabalho está sendo feito para resolver o problema.

Reportagem atualizada às 10h34

Autor: Maurício Rocha