Em 2010, familiares de Gilmar pediram por justiça na porta do Fórum. ( Foto: Arquivo Patos Hoje )

Após 7 anos, Leandro Caixeta Alves, atualmente com 29 anos, conhecido como “Pombinho, deve ser julgado pela morte do professor de português Gilmar Eustáquio da Silva. O crime aconteceu no ano de 2009 e causou uma grande repercussão em Patos de Minas. Gilmar morreu após ser golpeado com uma mão de pilão e dezenas de vezes com faca e tesouras.

O crime aconteceu no dia 27 de setembro de 2009, por volta das 05h30min, na rua Diacuí, Bairro Caiçaras. De acordo o inquérito policial, Leandro era conhecido da vítima e tinha por costume frequentar a residência dela. No dia do crime, eles teriam se encontrado na Danceteria Baião de Dois, que já não funciona mais, onde fizeram uso de bebidas alcoólicas, conversaram e dançaram.

Depois, eles seguiram para a residência de Gilmar onde ouviram música e continuaram a beber. Em certo momento, Leandro teria se apoderado de uma mão de pilão e desferido um golpe brutal na cabeça do professor. Aproveitando que a vítima estava combalida, ele teria desferido dezenas de golpes de faca e tesouras contra a vítima que veio a falecer.

Após o crime, Leandro teria revirado os móveis e gavetas e os pertences pessoais de Gilmar, subtraindo todos os valores de que a vítima dispunha naquele momento, o que inclui o dinheiro que estava em sua carteira, e o restante do dinheiro relativo ao consórcio de R$1500,00 que Gilmar havia recebido no dia anterior. Ele também teria levado uma máquina fotográfica.

O Ministério Público ofereceu a denúncia pelo crime de latrocínio, ou seja, matar para roubar, que tem pena de até 30 anos de reclusão. A defesa pediu, alternativamente, a desclassificação para o crime de homicídio, reconhecendo-se a figura da legítima defesa ou então o crime de lesão corporal seguida de morte.

Ao analisar os autos, no entanto, a Justiça entendeu que Leandro deveria responder pelos crimes de homicídio e furto. A assistência de acusação recorreu para que ele responda mesmo por latrocínio. Caso o recurso não seja acolhido, o acusado deve ser levado a Júri Popular. O julgamento ainda não foi marcado. Leandro chegou a ser preso, mas ficou por pouco tempo no Presídio Sebastião Satiro.

O juiz de direito, Vinícius de Ávila Leite, explicou na sentença de pronúncia que a demora no julgamento ocorreu porque os autos do processo haviam se extraviado diante do acúmulo de serviço.

Autor: Farley Rocha