Pedro deverá permanecer recolhido no Presídio Sebastião Satiro até ser julgado.

Pedro Queiroz Gonçalves, de 29 anos, vai permanecer preso enquanto aguarda o julgamento pelo ataque aos três irmãos universitários na madrugada dessa quinta-feira (05) em Patos de Minas. O autor se entregou na delegacia, entregou a arma do crime e confessou. Mas a brutalidade dos assassinatos e a frieza apresentada por ele após o crime foram determinantes para que a Justiça decretasse a prisão preventiva.

O pedido foi feito pelo delegado de homicidios Érico Rodovalho e pelo Ministério Público. Diante da brutalidade do crime, o promotor Paulo César de Freitas encaminhou o pedido de prisão preventiva de Pedro Queiroz Gonçalves, que foi prontamente acatado pelo juiz Vinicius de Ávila Leite. Diante disso, Pedro deverá permanecer recolhido no Presídio Sebastião Satiro até ser julgado por duplo homicídio e tentativa de homicídio qualificados.

A frieza demonstrada pelo autor foi determinante para o pedido de prisão preventiva. Em entrevista ao Patos Hoje, Pedro contou em detalhes como esfaqueou os irmãos e, sem demonstrar qualquer arrependimento, disse que faria tudo de novo. Autor ainda teve a capacidade de enviar um áudio para a família contando que havia matado os irmãos.

“A alta periculosidade demonstrada por ele, a alegação de que faria tudo de novo, o que em tese coloca em risco a vida da terceira vítima e de outros familiares; a ameaça velada contida na mensagem enviada à família, o que pode inibir testemunhos caso ele esteja solto; o fato de ele não residir no Estado de Minas, havendo receio fundado de fuga e prejuízo para a aplicação da lei penal fizeram com que o Ministério Público pedisse a prisão preventiva”, disse o promotor Paulo César de Freitas. Ele disse que levou em conta também os requintes de barbárie e frieza com que Pedro praticou uma verdadeira chacina, com um homicídio triplamente qualificado e dois feminicídios quadruplamente qualificados. “Além, claro, da comoção social causada pelo crime, retratada pela imprensa local e regional, causando sérios abalos à ordem pública”, conclui o promotor.

Pedro era casado com a universitária Darck Souza Queiroz, com quem tinha uma filha de pouco mais de dois anos. Os dois estavam separados desde o final de semana e a estudante foi morar no apartamento dos irmãos mais novos Abner Calebe e Damaris no bairro Caiçaras. Na madrugada de ontem, depois de passar o dia amolando uma faca, Pedro foi até o local e matou a ex-mulher, esfaqueou a ex-cunhada Damaris com quem encontrou nas escadas do prédio, subiu no apartamento e matou o ex-cunhado Abner Calebe com mais de 20 facadas.

O crime chocou a cidade. O Unipam, instituição em que os três irmãos estudavam, suspendeu aulas e atividades dos cursos que eles frequentavam, o prefeito decretou luto oficial, assim como fez o prefeito da cidade de Grajaú no Maranhão, terra natal dos estudantes.