A inflação ao consumidor oficial do Brasil subiu menos que o esperado em dezembro e terminou 2016 dentro da meta do governo, favorecida pela crise econômica que assola o país, dando ao Banco Central mais espaço para o afrouxamento monetário em meio a expectativas de menor pressão sobre os preços neste ano.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano passado com alta de 6,29 por cento, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, voltando a ficar dentro da meta do governo --de 4,5 por cento, com tolerância de 2 pontos percentuais-- depois de ter estourado o objetivo em 2015.

Somente em dezembro o indicador avançou 0,30 por cento, nível mais baixo para o mês desde 2008 (0,28 por cento), depois de alta de 0,18 por cento em novembro.

Os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de alta de 0,33 por cento sobre novembro, fechando 2016 com avanço de 6,34 por cento.

ALIMENTAÇÃO E BEBIDAS

Em dezembro, o grupo Alimentação e bebidas foi o destaque na pressão de alta, segundo o IBGE, passando a subir 0,08 por cento no mês contra queda de 0,20 por cento em novembro. Na outra ponta, o grupo Habitação apresentou queda de 0,59 por cento nos preços, depois de subir 0,30 por cento em novembro na comparação mensal.

Segundo o IBGE, o principal impacto para baixo na inflação em dezembro (-0,13 p.p.) veio da energia elétrica, com queda de -3,70 por cento nos preços. Essa redução se deveu à volta da bandeira tarifária verde em 1º de dezembro, em substituição à amarela.

Fonte: Agência Brasil