As famílias estão sendo retiradas de forma pacífica e levadas para imóveis do município.

Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, serventuários da Justiça e servidores da Prefeitura realizam a reintegração de posse das casas invadidas no conjunto habitacional no bairro Sol Nascente. As famílias estão sendo retiradas de forma pacífica e levadas para imóveis do município.  O prejuízo com a depredação das casas é grande.

A Polícia Militar montou uma grande operação para promover a reintegração de posse do conjunto habitacional. Cerca de 50 policiais foram designados para o trabalho. O local foi cercado e o trânsito de veículos impedido desde as primeiras horas da manhã. Os moradores já tinham sido avisados da desocupação.

O conjunto habitacional nas imediações do bairro Jardim Esperança foi invadido em julho de 2015.  As 100 moradias construídas para abrigar famílias que habitam áreas de risco em Patos de Minas estava praticamente pronto quando foi ocupado. A Justiça determinou a reintegração de posse alguns meses e muitas famílias deixaram o local, mas como nenhuma providência foi tomada pelo poder público, as casas foram depredadas e saqueadas.

Uma nova data teve que ser marcada para promover a retirada das famílias. Diversos encontros foram realizados e apenas sete famílias que não tinham para onde ir permaneceram no local. Gente como a dona Rosineide que estava no conjunto habitacional desde o primeiro dia de ocupação. Ela disse que tinha esperança de permanecer nas casas. Maria Iraíde Aureliana Silva e os três filhos estavam desolados ao ver o sonho da casa da própria ficar mais distantes.

Ao todo 32 pessoas ocupavam sete casas do conjunto habitacional. Eram 16 adultos e 16 crianças que não tinham para onde ir, segundo a Polícia Militar. Eles foram levados para a Casa de Promoção Humana e algumas para a quadra do Cristavo até que o novo local seja disponibilizado. As mudanças foram transportadas em caminhões da Prefeitura.

Para a Polícia Militar, o resultado do trabalho de reintegração de posse foi positivo. De acordo com o major Campos, subcomandante do 15º BPM todo o processo de desocupação aconteceu de forma pacífica. Para o comando da PM, o trabalho de preparação realizado antes da reintegração foi fundamental.

A ordem de reintegração de posse foi feita em nome da empreiteira responsável pela obra. O tamanho do prejuízo ainda está sendo calculado. Moradores vizinhos temem que o problema se agrave. Segundo eles, se não houver um cuidado com o conjunto habitacional, as moradias vão continuar sendo depredadas e o prejuízo pode ser ainda maior.

Autor: Maurício Rocha