O desejo da dona Maria de Fátima de retirar o poste da frente de casa não é atoa.

Uma família que mora no bairro Novo Horizonte vem tentando há mais de 20 anos retirar um poste inutilizado da frente de casa. Eles já procuraram a Prefeitura, a Cemig e nenhuma solução foi oferecida, pelo contrário, a Companhia Energética mandou um orçamento com uma conta de R$ 1.626,02 pelo serviço. Os moradores entenderam a proposta como absurda.

A família da dona Maria de Fátima Souza se mudou para a casa na rua Anésio José Da Rocha, no bairro Novo Horizonte, em 1992. Já são 25 anos de luta para retirada do poste da frente de sua casa. Há alguns anos a rua foi aberta e nova rede foi construída, o que tornou o poste de apoio inútil. Ela diz que nunca teve sequer uma lâmpada de iluminação pública acesa na porta de casa.

O desejo da dona Maria de Fátima de retirar o poste da frente de casa não é atoa. O imóvel dela é composto de dois lotes e ela pretendia construir outra casa com entrada independente. Mas o poste impede a construção de um novo portão no local. Ela reclama que não é possível sequer fazer a reforma da calçada por não saber qual será a solução do problema.

A dona Maria de Fátima disse que já recorreu a todos os meios possíveis para a retirada do poste. A resposta que recebeu da Cemig, no entanto, trouxe revolta. A companhia mandou um orçamento de R$ 1.626,02 para pagamento à vista, que chega a quase R$ 2.000,00 se for parcelado em seis vezes. Para piorar a proposta, a Companhia informa que o serviço deverá ser feito em 180 dias após o pagamento da dívida.

Revoltada, a dona Maria de Fátima disse que não vai pagar pelo serviço, uma vez que o poste foi colocado no passado na frente de sua casa pela própria Cemig. O impasse se arrasta há 20 anos e ela espera que um dia o problema seja resolvido.

Segundo a assessoria de comunicação de comunicação da Cemig, embora não pareça, o poste está sendo utilizado para escorar a rede. O órgão explicou que os postes são colocados de acordo com definição da Prefeitura e que toda modificação deve ter os custos pagos pela parte interessada.

Autor: Maurício Rocha