O meteoro que rasgou os céus da região de Patos de Minas na madrugada dessa sexta-feira (08) continua rendendo estudos e muitos comentários. Os especialistas da BRAMON- Rede Brasileira de Observação de Meteoros- produziram um estudo para verificar a trajetória do fenômeno percebido por moradores de várias cidades da região. A análise preliminar mostra que ele explodiu próximo a Tiros e meteoritos podem ter chegado ao solo.

De acordo com os estudiosos da BRAMON, receberam na manhã de 08 de maio, diversos relatos de um grande clarão seguido por forte barulho de explosão vindos da região de Patos de Minas, no Alto Paranaíba. Seguindo esses relatos, a BRAMON solicitou a pesquisa de imagens das câmeras do climaaovivo.com.br , sendo possível então encontrar imagens do fenômeno em 8 câmeras de 7 cidades de Minas Gerais, São Paulo e até do Paraná.

Segundo a análise preliminar, pôde-se constatar que o evento ocorreu na madrugada dessa sexta, 08 de maio de 2020, às 03:25 no horário de Brasília, e trata-se de um meteoro muito luminoso, também chamado de bólido. O meteoro com seu clarão foi também registrado por diversas câmeras de segurança da região, principalmente em Patos de Minas. Da Capital do Milho, uma imagem ajudou a calcular a trajetória do bólido, mostrando o final da trajetória.

Local de possível queda dos meteoritos.

Mesmo entre as nuvens, o bólido também foi registrado pela câmera allsky do SONEAR. Segundo os especialistas, como o bólido não foi registrado pelas estações da BRAMON, as análises preliminares foram feitas a partir dos vídeos em Lagoa da Prata/MG (duas câmeras), Cerqueira César/SP e Patos de Minas/MG. Ainda segundo o estudo, o objeto seguiu uma trajetória de sul para norte, iniciando sua fase luminosa a cerca de 64 Km de altitude, entre Araxá e Uberaba. Seguiu com luminosidade elevada na direção nordeste a uma velocidade 15,36 Km/s (55,3 mil Km/h), até explodir a 30 Km de altitude, próximo ao Município de Tiros, no Triângulo Mineiro.

Segundo a BRAMON, as análises ainda estão sendo aprimoradas para que se possa determinar a massa inicial do objeto, mas as imagens sugerem que alguns fragmentos desse meteoro possivelmente sobreviveram à passagem atmosférica e chegaram ao solo. Eles disseram que a medida que os dados forem sendo refinados, serão atualizados. Eles também pedem para que as pessoas que viram ou registraram esse ou outro bólido, mandem seu relato para a bramon.imo.net e contribua para o estudo desses fenômenos.

O especialista em ensino de astronomia de Patos de Minas, Gilberto Dumont, participou do Contraponto nessa sexta-feira (08) e havia adiantado várias questões referentes ao tema. Ele também havia esclarecido que a eplosão aconteceu na região.

Fonte: BRAMON