Um estudante do Ensino Médio de Patos de Minas e sua mãe estão cobrando justiça. O adolescente diz que sofreu investidas de um professor de geografia da Escola Estadual Professor Zama Maciel o que lhe causou danos emocionais. Ele registrou uma ocorrência, denunciou o caso para a direção da escola e também encaminhou a denúncia para a Superintendência Regional de Ensino. No entanto, o garoto contou que teve que mudar de escola, porque, segundo ele, não houve punição.

Segundo o adolescente, que compareceu à redação do Patos Hoje acompanhado da mãe de 37 anos, os casos começaram depois que o estudante estava passando por um momento de depressão e pediu para ir ao banheiro na aula de biologia. Como não conseguia se recuperar, acabou demorando mais do que o normal e a professora pediu que o referido docente de geografia fosse verificar o que estava ocorrendo. Eles conversaram e depois o professor acabou lhe enviando uma mensagem pelo Facebook de solidariedade.

Na mensagem, havia o número do celular do professor. Após algum tempo, o aluno diz que precisou falar com o docente a respeito de um trabalho escolar e ligou para ele. Foi a partir daí que começou as investidas. O professor de 43 anos enviava áudios e também telefonava via whatsapp. De acordo com o adolescente, as propostas eram de forma discreta, mas sempre envolviam alguma intenção de relacionamento sexual.

O garoto disse que sempre recusou as propostas e no dia 25 de setembro registrou uma ocorrência policial. No relatório da ocorrência, o professor pediu perdão, declarou ser realmente homossexual e que também é alcoólatra, não sabendo o que teria enviado nos áudios. A diretora da escola também disse para os policiais que já havia tomado todas as providências internas que o caso exigia. No entanto, o garoto disse que teve que mudar de escola, porque o professor continuou a dar aula normalmente na instituição.

O estudante contou que lhe foi oferecido mudar de sala, mas disse que não achou isso justo e queria que o professor deixasse de lecionar em sua classe. Para não assistir às aulas do professor, a direção permitiu que o garoto fosse para a sala da supervisora durante as aulas de geografia para fazer as atividades. No entanto, isso estava lhe prejudicando e ele resolveu sair da escola. Cartazes denunciando os crimes e cobrando justiça foram afixados na escola. O adolescente também apresentou prints de conversas no whatsapp que o docente teria tido com outros alunos.

O Patos Hoje entrou em contato com a diretora da Superintendência Regional de Ensino, Elizabeth Maria Nascimento Silva, informou que formou uma comissão de apuração dos fatos e todas as informações e provas já foram recolhidas e encaminhadas para o departamento jurídico da Secretaria de Estado da Educação. “É o jurídico que vai julgar e determinar o que será o feito com o professor. Todas as providências foram tomadas, inclusive com orientação da secretaria”, afirmou.