Identidade apresentada pelo estelionatário.

A audácia dos golpistas parece não ter limite. Um escritório de advocacia na região central de Patos de Minas por pouco não foi vítima de um estelionatário que parece ser um exímio conhecedor de ações trabalhistas. As assinaturas desiguais no documento de identidade e na procuração assinada pelo infrator foi que revelou o crime.

De acordo com o advogado, que preferiu não ter a identidade revelada, o criminoso chegou ao escritório e contou uma história altamente convincente. O indivíduo disse que havia sido despedido do trabalho porque o patrão teria descoberto que ele era portador do vírus HIV, o que seria uma forma de discriminação no trabalho.

Para deixar o defensor ainda mais comovido, ele disse que a mulher e filhos estariam morando de favor em uma casa na zona rural de Patos de Minas e estava precisando muito de alimentos. O advogado se propôs a ajudar e pediu os documentos para iniciar a ação trabalhista. Apenas o documento de identidade foi fornecido. Um RG novinho de 2016.

O procurador estranhou a falta da Carteira de Trabalho, mas fez uma lista do restante dos documentos necessários para ingressar com a ação. Na coleta do depoimento, o advogado disse que se espantou com o conhecimento mostrado pelo criminoso. “Ele falou de questões que apenas advogados sabem. Isso mostra que ele pode ter praticado o golpe em outros escritórios”, disse.

O advogado relatou que chegou a pagar a passagem de R$26,00 para ele seguir até a casa e se propôs ajudar com a alimentação para ele e para a família. No entanto, o advogado conseguiu descobrir a farsa. Ao analisar a assinatura da procuração com a identidade dele, percebeu que elas eram bem diferentes. O autor se aprsentou como Tiago. Uma pesquisa foi feita e mostrou que o RG novinho que ele havia fornecido era na verdade de outro criminoso.

Uma ocorrência policial foi registrada e o advogado resolveu divulgar o caso para que o criminoso seja localizado e preso. Ele acredita que pela inteligência mostrada pelo indivíduo, o crime pode ter sido praticado em outros escritórios e fez um alerta a todos da região. “Deve ser divulgado para o máximo de pessoas. Infelizmente, ele preferiu usar a inteligência para o mal”, concluiu.

Autor: Farley Rocha